A manifestação de sábado em Bissau culminou em confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança, que provocaram mais de 20 feridos, entre os quais sete polícias.
"O incidente espelha a dimensão da tensão política vigente na Guiné-Bissau e a consequente rotura do diálogo entre os protagonistas da crise, e, por conseguinte, interpela a consciência de todos os amantes da paz sobre a urgente necessidade de os guineenses se sentarem à mesa com vista à resolução definitiva da crise prevalecente", referem, em comunicado, as mulheres.
No comunicado, as mulheres salientam que a "liberdade de manifestação constitui um dos alicerces fundamentais da democracia e do Estado de direito", mas que "não pode pôr em causa a segurança pública, muito menos degenerar em violência contra as forças destacadas para manter a ordem e a tranquilidade".
As organizações das mulheres, agrupadas no Fórum para a Paz, condenam a conduta das forças de segurança e dos manifestantes e pedem à polícia para evitar o "uso desproporcional da força".
O Fórum para a Paz pede ao Movimento dos Cidadãos Inconformados e aos guineenses para "se absterem de comportamentos violentos contra as forças de segurança, capazes de comprometer os valores da paz e provocar danos incalculáveis".
As mulheres apelam também aos partidos políticos para "elegerem o diálogo construtivo como estratégia de resolução de conflitos, evitando assim comportamentos capazes de pôr em causa os valores da paz e reconciliação nacional".
O Fórum para a Paz inclui a Plataforma Política das Mulheres, a Rede Paz e Segurança para as Mulheres do Espaço da CEDEAO, a Rede Nacional de Luta contra a Violência na Mulher e Criança, Comité Nacional para o Abandono das Práticas Tradicionais Nefastas, Rede de Mulheres Mediadoras, Rede das Mulheres para a Edificação da Paz na África Ocidental e Associação das Mulheres Profissionais da Comunicação Social.
Guinendade/lusa
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