A secretária-geral da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Virgínia da Cruz, foi hoje ouvida no Ministério Público no âmbito de um processo por alegados atos de corrupção naquela instituição desportiva.
À saída da audiência, que durou cerca de duas horas, Virgínia da Cruz não prestou declarações aos jornalistas, tendo sido rapidamente conduzida para uma viatura pelo presidente da FFGB, Manuel Lopes.
Depois de abandonar as instalações do Ministério Público, o advogado Basílio Sanca indicou aos jornalistas que Virgínia da Cruz foi ouvida no âmbito de um processo ligado à gestão da federação, mas ainda não se sabe em que estatuto.
O causídico precisou que ainda hoje o magistrado detentor do caso irá determinar qual a situação processual da sua cliente, que poderá ser suspeita, declarante, testemunha ou indiciada.
Basílio Sanca não quis entrar em pormenores enquanto não receber o despacho do magistrado, mas adiantou que Virgínia da Cruz respondeu "de forma calma" a todas as perguntas do magistrado.
Inum Embaló, um antigo vice-presidente da federação, apresentou uma queixa-crime contra os atuais dirigentes por alegada corrupção na instituição, tendo responsabilizado diretamente a secretária-geral, Virgínia da Cruz, e o presidente do órgão, Manuel Lopes.
Segundo Embaló, os dois responsáveis federativos teriam desviado, em proveito próprio, mais de mil milhões de francos CFA (cerca de 152 mil euros), de verbas doadas ao país pela FIFA e CAF (Confederação Africana de Futebol).
O presidente da federação guineense de futebol sempre rejeitou as acusações de Embaló.
Guinendade/Lusa
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