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domingo, 28 de maio de 2017

OPINIÃO:JOSÉ MARIO VAZ SOFRE DE SINDROME DE HUBRIS


Síndrome  batizada com o nome da palavra grega “Hubris” que designava o herói que, uma vez alcançado a glória, deixava-se embriagar pelo êxito e comportava-se como um deus capaz de tudo. Tomado por um ego desmedido e uma sensação de possuir dons especiais, sentía-se ser capaz de enfrentar até mesmo os deuses gregos.
O psiquiatra Manuel Franco explica assim o que ocorre com os líderes políticos: “Uma pessoa mais ou menos normal, se mete em política e de repente alcança poder ou um cargo importante. Internamente tem  um princípio de dúvida sobre sua capacidade, mas logo surge a legião de incondicionais que lhe facilitam e reconhecem sua valia. Pouco a pouco se transforma e começa a pensar que está ali por mérito próprio apenas. Todo o mundo quer saudá-lo, falar com ele, que recebe adulação de todo o tipo”. Esta é a primeira fase.
No passo seguinte, ele entra na “ideação megalomaníaca”, cujos síntomas são a infalibilidade e o crer-se insubstituível. Começa, então, a realizar planos estratégicos para 20 anos, obras faraônicas, ou a dar conferências sobre temas que desconhece. Depois de um tempo no poder, o afetado por este mal, sofre do que psicologicamente se denomina “desenvolvimento paranóico”Tudo o que se opõe a ele ou a suas ideias passa a ser um inimigo mortal. Pode chegar, inclusive, a “paranoia ou transtorno delirante” que consiste em “suspeitar de todo o mundo” que lhe faça uma mínima crítica. Progresivamente vai se isolando da sociedade. Chega um momento em que deixa de escutar, torna-se imprudente, toma decisões por sua conta, sem consultar ninguém — porque crê que suas ideias são sempre corretas. Embora descubra que estão erradas, nunca reconhece o erro. Sente-se chamado pelo destino para grandes obras.
Tudo isso se dá até que cesse sua funções ou seja derrotado em eleições. Vem, então, o “baque”, e se desenvolve um quadro depressivo ante uma situação que não pode comprender.
Segundo os especialistas a síndrome de Hubris é difícil de tratar, pois quem padece do mal não tem consciência dele.


Sintomas da síndrome de Hubris
  • Modo messiânico de comentar os assuntos recorrentes e uma tendência à exaltação.
  • Um enfoque pessoal exagerado, tendendo a onipotência.
  • Agitação, imprudência e impulsividade.
  • Não se sentem iguais aos demais mortais, sentem-se superiores.
  • Em sua vida pessoal se cercam de luxos e excentricidades, e tem uma desmedida preocupação com a imagen.
  • Se cercam de funcionários medíocres.
  • O rival deve ser desativado por qualquer método.
  • Constroem uma rede de espiões para controlar a opositores e até mesmo seus partidários.
  • Terminam caindo na armadilha de sua própria política.
  • A perda do mando ou da popularidade os leva a desolação, a raiva e o rancor.



Zé Mendes

Fonte:renovacaomedica

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