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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

NOTICIAS AO MINUTO:GUINÉ-BISSAU E ZÂMBIA SÃO PAISES QUE ATRIBUIRAM MAIS NACIONALIDADES AOS REFUGIADOS AFRICANOS

Photo de Bissau On-line.


Cerca de 73.400 refugiados africanos receberam cidadania dos países de acolhimento em 2017, destacando-se a Guiné-Bissau e a Zâmbia entre os mais solidários, disse hoje um responsável da agência das Nações Unidas para os Regugiados.
Valentin Tapsoba, diretor do Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) para África, revelou o número na abertura do 6.º Simpósio Humanitário Anual da União Africana, que decorre em Nairobi, no Quénia, e salientou que foi uma “melhoria significativa” face aos 23.000 refugiados que receberam cidadania em 2016.
“Isto reflete o espírito de solidariedade e partilha de responsabilidade”, sublinhou, citado pela Bloomberg, assinalando que a Guiné-Bissau e a Zâmbia tomaram a liderança neste gesto.
O Governo da Guiné-Bissau e o ACNUR assinaram em dezembro de 2017 um documento para a atribuição da nacionalidade guineense a cerca de 10.000 refugiados que se encontram no país há mais de 20 anos, provenientes do Senegal, Libéria e Serra Leoa.
O responsável do ACNUR adiantou que África acolhe atualmente 6,3 milhões de refugiados e requerentes de asilo, enquanto mais de 14,5 milhões de pessoas se encontram deslocadas dentro de seus próprios países e mais um milhão são consideradas apátridas.
Segundo Tabsoba, a situação dos deslocados e das pessoas em risco de deslocação foi agravada por mudanças democráticas, urbanização, movimentos populacionais e alterações climáticas.
O diretor aplaudiu a decisão dos chefes de Estado dos países que compõem a União Africana (UA) de declararem 2019 como Ano dos Refugiados, Retornados e Deslocados Internos, e comprometeu-se a trabalhar com a organização para atingir os seus objetivos.
Acrescentou que, embora os governos estejam empenhados em combater as causas, fornecer proteção e encontrar soluções duradouras para os deslocados, é necessário que os programas e ações “assumam uma abordagem que envolva toda a sociedade”.
Isto exigiria o envolvimento de várias partes interessadas, incluindo agências de desenvolvimento, instituições financeiras, organizações religiosas, academias e organizações da sociedade civil.
//Lusa

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