Em entrevista exclusiva à ANG, Cipriano Fernandes Sá, disse que nas regiões do país, os estrangeiros estão a subordinar os nacionais para facilitar-lhes os processos de pagamento de licença num valor menor estipulado pela lei.
“Conseguimos detectar muitos cidadãos munidos de licenças de mais de dez pirogas de pesca artesanal de grande porte, mas que na realidade as referidas embarcações pertencem aos pescadores estrangeiros”, explicou.
Exortou aos cidadãos para absterem desta prática, de colaborar com os estrangeiros na fuga de pagamentos da licença de pesca como está prevista na lei em troca de um gorjeta que prejudica o tesouro público e consequentemente a economia do país.
De acordo com este responsável, os guineenses não dão atenção ao sector da pesca artesanal porque existem poucos profissionais no sector, acrescentando que a maioria exerce essa actividade por subsistência ao contrário das outras áreas, frisando que este facto provocou a predominância dos estrangeiros no domínio pesqueiro.
Cipriano Fernandes Sá realçou a importância da reactivação do Projeto de Desenvolvimento de Pesca Artesanal em Bolama (PRODEPA), que segundo ele, irá ajudar na qualificação dos pescadores nacionais e atrair os jovens para este sector e abrir mais oportunidades do emprego e abastecimento do mercado interno com produtos pesqueiros.
"Com poucos números dos cidadãos na actividade pesqueira e com a falta de frota nacional de pesca industrial, os consumidores vão continuar a sofrer o défice deste produto no mercado" lamentou.
Questionado sobre a política de preservação dos recursos pesqueiros, o Diretor Geral de Pesca Arsenal, disse que a antiga direcção continua com o mesmo plano de acção tange com a preservação iniciada com o primeiro governo dessa legislatura em 2015 em colaboração com o Instituto de Biodiversidade e das Áreas Protegidas(IBAP) e União Internacional de Conservação da Natureza(UICN).
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