O académico e investigador guineense, Carlos Cardoso, afirmou esta quinta-feira, 28 de março de 2019, que chegou o momento de todos os guineenses comprometerem para tirar a Guiné-Bissau da situação em que se encontra desde a abertura democrática.
Cardosa falava à imprensa no final da conferência sobre o tema: “Desafio pós-eleitoral na Guiné-Bissau e suas dimensões sociais, politica e jurídica, nas instalações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP), em Bissau.
Igualmente sociólogo, Cardoso tem esperança que um dia os guineenses vão apreender com os erros do passado e refletir sobre a história política e social e desenhar um novo passo para progresso cabal da Guiné-Bissau.
Cardoso entende que promover estes debates para falar a situação socio-político é um ato nobre e importante, porque os guineenses têm sede de se expressar para lancar alerta aos atores políticos sobre o engajamento na construção de desenvolvimento do país.
Aos jornalistas o académico e investigador guineense apelou aos jovens a adoção de um pensamento crítico e um posicionamento apartidário que possa contribuir verdadeiramente no tão almejado desenvolvimento.
Para Cardoso é fundamental que o INEP, como uma instituição académica, continue a promover estes debates, convidando outras universidades para participarem nesta reflexão sobre o país, contudo que seja um debate com uma maior elevação.
Cardoso é autor e coautor de vários livros e artigos versando sobre temas relacionados com a Guiné-Bissau e a África, nas disciplinas de História, Sociologia Política e Antropologia Social.
De recordar que o Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) venceu as legislativas de 10 de Março, com 46,1 por cento dos votos, mas assegura uma maioria absoluta no parlamento apenas com acordos eleitorais.
De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o PAIGC teve 47 dos 102 mandatos do parlamento, um número a que se somam os eleitos dos partidos que celebraram acordos deputados eleitos pela Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB, o quarto mais votado, 5 deputados), União para Mudança (UM, 1 deputado) e Partido da Nova Democracia (1 deputado).
Perante este cenário, O PAIGC já rubricou um acordo de incidência parlamentar para governar com a APU/PDGB, a UM e o PND.
Por: Alison Cabral
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