DJURTUS
Antes de mais quero dar os meus parabéns aos Djurtus, isto é, jogadores, equipa técnica, público e Federação de futebol da Guiné-Bissau.
Para mim, os Djurtus são estes todos.
É um feito memorável esta qualificação, pela segunda vez consecutiva, para o Campeonato Africano das Nações (CAN), alcançado pelos Djurtus, talvez sem que muita gente assim esperasse.
Mas, convenhamos, o que se viu no jogo jogado de sábado augura muito pouco para os Djurtus no CAN a disputar no próximo verão no Egipto.
Se a Guiné-Bissau quiser fazer um brilharete, mostrar-se mais de que 'picar o ponto', ir além daquilo que fez no CAN do Gabão, então terá que, forçosamente, promover mudanças profundas em toda estrutura.
Desde logo, tem que haver critérios na chamada de jogadores para selecção. É preciso definir porque um jogador é chamado e não outro. Tem e deve haver maior transparência. A selecção é um assunto muito importante, muito sério para ser deixado apenas com uns quantos guineenses.
Se for o caso, faz-se um referendo a volta dos jogadores seleccionáveis.
Proponho que seja contratado um assessor técnico a quem seria incumbido a tarefa de coadjuvar a equipa técnica na:
Identificação de jogadores que potencialmente possam representar os Djurtus, recolha de informações (onde está o jogador, tem ou não documentação da Guiné, quantos minutos jogou, em que Liga joga, etc), contacto directo prévio com o jogador, constituição de um banco de dados com todos os jogadores que possam ser convocados pelo seleccionador, estejam eles na China ou no Djibuti, no Kiribati ou na Lapónia.
Devido à proximidade e conhecimento do jogador guineense e tendo em conta que Portugal tem sido a porta de saída do jogador guineense para outras Ligas, proponho que esse assessor técnico fosse recrutado no mercado português.
Sugiro a constituição de uma embaixada, integrada pela Federação, seleccionador, assessor técnico, ministros do Desporto e dos Negócios Estrangeiros para contactos personalizados com aqueles jogadores que possam mostrar alguma relutância em representar os Djurtus. O objetivo desta embaixada seria ter um ‘papo recto’ com esses jogadores no sentido de virem jogar pela Guiné-Bissau.
FEDERAÇÃO
É do conhecimento público que, enquanto então dirigente do CF “Os Balantas” de Mansoa, ajudamos a eleger o actual presidente da Federação, no entretanto, afastei-me da linha que tem sido seguida por Manelinho.
O modelo para o futebol guineense que preconizo é outro, dos clubes às selecções. Mas, isso são contas de outros rosários.
Noutro dia, no calor da vitória felicitei o presidente Manelinho e até trocamos abraços.
Penso que é de bom-tom enaltecer o trabalho da equipa liderada por Manelinho, mas também não deixa de ser importante sugerir ao presidente da Federação que promova mudanças na sua estrutura, que se dote de gente conhecedora, que se aproxime mais da gente da bola, que dialogue mais e que, acima de tudo, aceite aconselhamentos genuínos a bem da Guiné-Bissau. Não falo por mim, pois eu agora estou num outro campeonato. Deixei de ser dirigente de futebol desde 2015, após 18 anos nas estruturas dos Balantas de Mansoa.
POLÍCIA MILITAR
Deixei para o fim desta minha prosa sobre futebol a Polícia Militar, não por qualquer desprimor, mas sim para buscar as melhores frases que pudessem transmitir a felicidade que senti pela competente actuação do corpo da PM destacado para ajudar a garantir segurança ao jogo.
Jovens, elegantes, bem fardados e com um aprumo profissional de excelência. Sim senhora. Vale a pena elogiar o zelo demonstrado pelos agentes e felicitar a competência do seu comando. Tudo funcionou a preceito. Até parecia um relógio suíço.
Diria que foi um trabalho sem espinhos. Ordem, disciplina e paciência foram os atributos dos jovens soldados da PM na hora de lidarem com a moldura humana que tentava entrar ou que se encontra dentro do estádio.
Normalmente, o trabalho dos agentes da ordem é sempre criticado pelo excesso de zelo ou uso de força a mais perante as turbas, mas desta vez o que pude ver, sobretudo, da actuação da PM merece nota 10.
É apenas o que penso
Mantenhas
25.03.2019
Mantenhas
25.03.2019
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