Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, e Cipriano Cassamá,
líder do Parlamento, disseram aos jornalistas que a reunião "não
produziu nada de consensual" e que assistiu-se a uma tentativa de "transformar o órgão num espaço deliberativo".
"O
Conselho de Estado é um órgão consultivo do Presidente da República,
mas acabámos por assistir a uma clara tentativa de o transformar num
órgão deliberativo", defendeu o líder do Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde.
Para
Domingos Simões Pereira, o que se viu foi uma tentativa de
instrumentalização do Conselho de Estado, disse, sem citar por parte de
quem.
O líder do Parlamento guineense, Cipriano
Cassamá, também teve a mesma opinião quanto à reunião que decorreu
durante cerca de duas horas no Palácio da Presidência.
"Não
saiu absolutamente nada da reunião", afirmou Cassamá, exortando agora o
Presidente guineense, José Mário Vaz, a assumir as suas
responsabilidades constitucionais, sem deixar de lado os compromissos
assumidos perante a comunidade internacional, frisou.
Tanto
Cassamá como Simões Pereira esperam que José Mário Vaz nomeie um novo
primeiro-ministro respeitando o Acordo de Conacri, segundo o qual a
figura a ser escolhida deverá ser de consenso entre os partidos
representados no Parlamento e beneficiar da confiança do chefe do
Estado.
O Presidente guineense deverá falar à
Nação ainda hoje para anunciar a sua decisão para o fim da crise
política que assola o país há 15 meses.
Na semana passada, José Mário Vaz já tinha adiantado a sua intenção de demitir o atual Governo chefiado por Baciro Djá.
Lusa.
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