Cá por mim, pouco importa quem organizou ou esteve por detrás das
últimas manifestações em Bissau. Na política (ou no exercício da
cidadania) alguém estará sempre por detrás de alguma coisa. Nada é fruto
do acaso.
Para mim, o mais importante não é
questionar a legitimidade das tais marchas, mas sim reconhecer o facto
de o país estar numa profunda crise que ninguém sabe resolver.
Se
alguém de direito não parece ter a urgência de tirar o seu povo da
miséria, nós temos a moral de mandar o povo ir dormir? Alguém tem o
direito de pedir o povo para se conformar com o nepotismo, a
incompetência e a inércia política?
Todo e
qualquer guineense comprometido com o seu país -- não com uma
individualidade política ou partidária -- deve mostrar, pacífica e
civicamente, a sua oposição ao status quo e à precariedade humana
nacional.
Da minha parte, estes políticos, quase todos eles, há muito que esvaneceram o meu benefício de dúvidas. Infelizmente.
Se os políticos querem continuar a dormir, o povo certamente não tem o mesmo luxo.
Que seja uma luta genuína em prol e para o benefício de todos os guineenses.
Abraços,
Umaro Djau
12 de Novembro de 2016
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