Bissau,04 Ago 16
“A partir de hoje, aviso a todos os camaradas agentes aqui presentes: Qualquer ordem que não tenha sido autorizada pelo ministro, ou pelo secretário de Estado ou pelo comissario da POP, é para não ser cumprida”, disse Botche Candé.
Tanto o ministro, como o secretário de Estado da
Ordem Pública, Marcelino Cabral, como o Comissário da POP, o general Armando
Nhaga, indicaram que não sabiam da existência de qualquer solicitação do
tribunal a requisitar agentes para a detenção do parlamentar.
O deputado foi detido à mando do juiz Marcos
Indami, titular de execução de penas, encontrando-se no centro penitenciário de
Bafatá, a 150 quilómetros de Bissau.
Gabriel Sow tinha sido condenado a oito anos de
prisão efetiva no âmbito de um processo de uma sociedade comercial de que era
gerente e que foi à falência.
O PAIGC alega que a detenção é ilegal uma vez que
Sow interpôs um recurso num tribunal africano do qual ainda não há uma
resposta. A nível interno todos os recursos já tinham sido esgotados.
O advogado do
político contou à Lusa que este foi abordado pela polícia na rua e mesmo tendo
exibido o seu cartão de deputado recebeu ordem de prisão.
O ministro do
Interior indicou que pelas informações que são públicas a detenção do deputado
“é um ato ilegal” e que não pode ser imputado nem ao Governo e nem ao
Presidente da República, José Mário Vaz.
ANG/Guinendade
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