OPINIÃO:ILEGALIDADE E INCOMPETÊNCIA NA GUINÉ-BISSAU

Este Governo nomeado pelo JOMAV é ilegal e inconstitucional. Ilegal porque é fruto de um golpe de Estado institucional. Inconstitucional porque na nossa Constituiçao nao existe Governo de Iniciativa Presidencial. Alias esta brincadeira de impor Governo de Iniciativa Presidencial sempre acabou mal.

Hoje, por não ter presentado o programa perante a Assembleia deve simplesmente e puramente cair, por inconstuticionalidade. O Presidente da Repùblica deve tirar consequências desta crisa politica e convocar novas eleições legislativas.

Alem de ser ilegal, os discursos do Baciro Dja, entre aviso de não ingerência nos assuntos internos do País lançado a Comunidade internacional, o pedido de atenção ao Chefe de Estado Maior, denotam um claro um desconhecemento das regras diplomáticas e do estado real da Guiné-Bissau. Sabemos que a Guiné depende da Comunidade internacional que financia por 70% o seu Orçamento Geral de Estado.

As declarações do Baciro Dja são actos caracteristicos de demagogia. É próprio de pessoas que nunca trabalharam, nunca foram enquadrados nem se quer no PAIGC, porque desde da queda do Muro de Berlin em 1991 e da guerra de 07 de junho 1998, o PAIGC não se refez ideológicamente.

A formação deste Governo não obedece à nenhuma coerência : oficial militar a dirigir o Ministerio da Educação, pesssoas que jà foram ministros várias vezes sem dar resultado nenhum. E um clube de amigos, de desempregados que nunca tiveram uma carreira professional, que querem ganhar no Estado aquilo que nunca ganharam professionalmente. E a sociedade de malandro denunciado hà anos atras pelo orquestra Mama Djombo.

Esta ascenção de pessoas como Baciro Dja, Aristides Ocante Silva e outros, é um aviso sério ao PAIGC se quiser fazer parte da paisagem politico na Guiné daqui aos próximos anos.

As declarações do Baciro Dja dizendo que cada trabalhador pode sem trabalhar receber 1000 Dollares US é tamanha irresponsabilidade perante nossos parceiros económicos e é prova do seu iletrismo na area económica e financeira e uma desonestidade tremenda perante o Povo Guineense.

Os mediocres estão a desgovernar a Guiné e o despertar vai ser catastrofico, quer para a economia, quer para a coesão nacional e quer para a contrato social. E inconcebivel que mentiras, traições, calúnias, ladrões continuam a governar a Guiné.

Os Guineenses têm que perceber que o voto tem sentido, nao é uma questão de um grupinho « safar-se », as implicações do voto têem impacto certo na paz e estabilidade nacional.

 

Afonso B.