A Rádio Nacional da Guiné-Bissau (RDN) denunciou hoje que um dos seus jornalistas foi agredido pela polícia durante a manifestação realizada quinta-feira em Bissau.
"É com muita dor e estranheza que tomou conhecimento do espancamento do jornalista afeto ao serviço de informação da RDN que no cumprimento das suas funções foi agredido por parte de um dos elementos das forças de ordem sob alegação de estar a relatar falsidades", refere, em comunicado, a redação da rádio pública guineense.
No comunicado, hoje distribuído à imprensa, a rádio refere que "atos daquela natureza constituem uma violação flagrante de direitos fundamentais consagrados na Constituição da República da Guiné-Bissau".
A rádio salienta que o jornalista em causa estava "devidamente identificado com o seu crachá e em pleno exercício da sua missão de informar a opinião pública".
"Facto que incomodou o dito agente das forças de ordem que se dirigiu ao repórter proferindo palavras insultuosas por considerar que os jornalistas são pessoas que destorcem as informações credíveis e relatam acontecimentos que não correspondem à verdade", salienta.
A RDN informa também no comunicado que "não vai tolerar atos do género sob pena de boicotar a cobertura de trabalhos políticos" e responsabiliza o Ministério do Interior pelos comportamentos dos agentes.
Um protesto do Coletivo de Partidos Políticos Democráticos da Guiné-Bissau realizado quinta-feira terminou com a polícia a dispersar os manifestantes com gás lacrimogéneo. Os manifestantes mandaram pedras para a polícia.
Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas e 14 foram detidas, segundo a Liga Guineense dos Direitos Humanos.
Guinendade/DN
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