O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-verde, Domingos Simões Pereira, garante que a marcha dos partidos políticos democráticos vai continuar amanhã (17 de Novembro) com o mesmo itinerário
Domingos Simões Pereira falava, esta quinta-feira (16), momentos depois das forças de segurança lançarem gás lacrimogéneo contra os manifestantes que ocupavam as ruas de Bissau para exigir do presidente da república o cumprimento do acordo de Conacri e as demais leis da república.
“Não haverá dúvida que nossa concentração continua amanhã (17) e é um direito que nos assiste e temos que ser capazes, em nome do povo guineense, defender os nossos direitos e a liberdade e que o estado de direito prevaleça”, adverte.
Simões garante, no entanto, que medidas serão tomadas para apurar responsabilidades sobre s “violência” contra os manifestantes.
“Vamos tentar aceder a todos os elementos que permitam saber quem fez e que tomou as medidas que tentou pôr em causa a segurança e a vida das pessoas”, adverte.
Domingos Simões Pereira considera o actual governo de “absolutamente incompetente” e que não assume as suas responsabilidades.
“O acto de hoje coloca em risco a vida das pessoas”, acusa Simões Pereira que alerta que ao ministério informaram que os partidos políticos irão usar as suas competências para marchar e para, desta forma, evitar conflitos.
"Respeitamos os polícias e que não quisemos entrar em conflito com eles por isso contornamos o caminho e demostramos ao actual poder que não temos medo dele. Eu só tenho medo quando não tenho certeza de estar no lado da razão. Só tenho medo quando os meus direitos estão preservados e estou a lutar por uma questão de capricho e de prazer. Quando se trata dos direitos consagrados na constuição da república, eu não posso ter medo", afirma.
Neste momento o colectivo dos partidos políticos estão reunidos para de seguida proceder a uma comunicação oficial das suas posições.
Do confronto foram registados ferimentos graves entre polícias, manifestantes e jornalistas. Algumas prisões foram confirmadas nas primeiras horas.
Guinendade/RSM
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