O líder do Parido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, considerou ontem, 03 de março de 2019, que é injusto chamar à Guiné-Bissau de “Narco-Estado e povo de assassinos”, não obstante ao longo da sua história ter-se deparado com casos de assassinatos e de sobressaltos.
O presidente do partido libertador fazia alusão aos casos de crimes e de negócios de droga ocorridos no país e que levaram a que a Guiné-Bissau passasse a ser criticada pelas organizações internacionais.
Simões Perreira prometeu aos guineenses, em particular aos eleitores da cidade de Canchungo durante um comício popular que, se vencer as eleições legislativas, o PAIGC trabalhá para criar condições às instituições que combatem os referidos fenómenos para assim garantir segurança e tranquilidade ao povo guineense.
A comitiva fez um períplo de três dias às regiões de Oio e Cacheu para apresentar aos eleitores daquelas duas grandes regiões o programa eleitoral do seu partido, ou seja, os projetos de desenvolvimento da Guiné-Bissau, em particular daquelas regiões, pedindo-lhes de seguida os seus votos, para que possa governar o país nos próximos quatro anos.
A região de Oio é constituída por quatro círculos eleitorais (Bissorã, elege 5 deputados; Farim, 4; Mansaba, 3; Mansoa e Nhacra, elegem 4), totalizando 16 deputados pela região.
Por seu turno, a região de Cacheu tem três círculos eleitorais (Bigene/Bula, elegem 5 deputados; Caió/Canchungo, 5 e Cacheu/São Domingos, 4), perfazendo 14 pela região.
Durante o comício assistido por milhares de militantes e simpatizantes daquela cidade nortenha do país habitado predominantes por emigrantes, Simões Pereira, disse que se vencer as eleições de 10 de março, terá as condições técnicas de validar os descontos para a segurança social feitos pelos emigrantes guineenses em Portugal, Cabo Verde e França.
Simões Pereira assegurou que os emigrantes guineenses têm sofrido perdas dos seus descontos de segurança social quando já em reforma, decidem voltar para a sua terra, devido a incapacidade do Estado guineense em potencializar as arrecadações dos emigrantes. Para o líder do partido libertador, esse fato precisa ser corrigido, garantindo que o seu partido já tem estratégia de fazer frente a esta situação através de uma parceria com a diáspora guineense.
“Todos os emigrantes que tiverem conta bancária na França, Portugal e Estados Unidos de América terão a capacidade de gerir as suas contas na Guiné-Bissau, concretamente na cidade de Canchungo, sem custos de operação e sem necessidade de ser feita a transferência. Já temos três bancos que operam no país interessados no projeto”, referiu.
Prometeu que o executivo dos libertadores, caso vença as eleições, dará oportunidades aos emigrantes para investirem no país através de empréstimos bancários, porque o depósito feito servirá de fundo de garantia para obter o empréstimo. Comprometeu-se ainda com os populares do norte que o seu governo vai priorizar a construção de estradas e pontes bem como de centros multifuncionais e a materialização dos projetos de apoios às mulheres particularmente às camponesas.
Revelou que as indústrias pesqueiras serão concentradas na regiãode Cacheu de modo a permitir o desenvolvimento, tendo realçado ainda que a cidade de Canchungo será transformada no centro das operações financeiras da província norte, justificando neste particular que a referida cidade tem a potencialidade de atrair investimentos internacionais.
//O Democrata
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