O secretário executivo da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, considerou hoje a crise politica na
Guiné-Bissau como "uma situação preocupante" mas que tem que ser
resolvida "apenas pelos guineenses e através do diálogo".
"A situação é
preocupante porque todo o processo de desenvolvimento atrasa, a ajuda
internacional que nós tínhamos conseguido na conferência de Bruxelas ainda não
começou a surtir os seus efeitos, portanto há toda uma situação que nos
preocupa a todos nós", disse.
"A solução tem que ser
o diálogo, os guineenses têm que se entenderem, não somos nós (CPLP) que vamos
impor uma solução à Guiné-Bissau. Os guineenses têm que sentar, continuar a
dialogar e encontrar uma saída para a sua situação, a CPLP não pode fazer mais
do que isso", acrescentou.
"A CPLP não tem um
braço militar para fazer uma força de interposição, daí que tem que ser através
do diálogo e de muita diplomacia e temos feito esse trabalho, quer seja
apoiando as decisões que são tomadas a nível das Nações Unidas, quer seja da
União Africana e a própria CPLP", sublinhou.
A crise politica na
Guiné-Bissau arrasta-se há vários meses com os principais partidos políticos a
não se entenderem quanto à discussão do programa do governo no parlamento.
A comissão permanente do
Parlamento da Guiné-Bissau chumbou quarta-feira o requerimento de um grupo de
deputados, que apoiam o Governo, para a convocação de uma sessão extraordinária
para o debate do programa de ação do Executivo.
O secretário executivo da
CPLP encontra-se em São Tomé e Príncipe para participar na investidura do
Presidente eleito, Evaristo de Carvalho e terá vários encontros com as
autoridades para discutir a situação da organização, particularmente a agenda
para a cimeira de chefes de Estado e de Governo em novembro no Brasil.
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