O Banco Mundial (BM) revelou, esta quinta-feira (27 de Setembro), que a Guiné-Bissau precisa melhorar “muito” para aumentar as receitas fiscais. A organização aponta como um dos pontos fracos, neste processo, a colecção das taças
Revelação feita pelo representante do Banco Mundial no país, Amadou Oumar Ba, numa entrevista á Rádio Sol Mansi (RSM), a margem do lançamento público do relatório do Banco Mundial 2018, sobre a revisão das despesas públicas na Guiné-Bissau.
“A capacidade de colectar a taça é muito fraca na Guiné-Bissau, e o relatório analisa os défices existentes. Obviamente que é preciso melhorar isso para aumentar as receitas fiscais do país, porque isto demostra que o país depende da grande parte da ajuda externa sobretudo no que concerne as despesas e os investimentos porque os recursos que são colectados servem sobretudo para pagar os salários e as despesas dos pessoais do que no próprio investimento”, sustenta.
Para Amadou, segundo o relatório, o investimento é garantido a mais de noventa porcento (90%) pela ajuda externa.
Oumar Ba aconselha ainda o ministério das finanças no sentido de colocar no terreno um grupo de trabalho para traçar um roteiro, porque a sua organização está disposta a acompanhar o governo.
“O relatório como foi elaborado não deve ficar nas gavetas, nós devemos fazer deste relatório um instrumento de melhoria da gestão das despesas públicas. O Banco Mundial (BM), está pronto a acompanhar o governo, obviamente o trabalho vai ser com os outros parceiros técnicos e financeiros como o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas também o sistema das Nações Unidas, para continuar a apoiar o governo”, exorta.
Entretanto, secretário de Estado de Tesouro, Solaimane Seide, diz que o documento ora apresentado pelo Banco Mundial apresenta a realidade numa perspectiva critica que o próprio governo aceita e está preparado a melhorar.
“As recomendações, aqui deixadas para o governo, vão servir para elaboração de um documento de trabalho em forma de roteiro, como disse o representante do BM, que nos poderá guiar para as próximas etapas”, admite.
O encontro teve lugar num dos hotéis da capital Bissau e juntou os técnicos ligados aos ministérios da economia e finanças, da saúde, da educação, da defesa e dos outros organismos internacionais representados em Bissau.
RSM
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