Os moradores de alguns bairros de Bissau estão a deparar-se com inundações nos últimos dias. Algumas casas não resistiram e algumas famílias ficando já sem tecto. As vítimas são, na sua maioria, moradores dos bairros periféricos da capital guineense.
Espelhando a realidade dos bairros mais afectados, tudo que se vê, são diques para proteger a água, já que as valetas, ou não existem, ou se existem, é porque estão entupidas. Um facto inerente a questão de urbanização, concordam alguns especialistas, para os quais, a situação tende a agravar-se, caso persista a intensidade das chuvas.
Além disso, consideram que as construções das casas são muito precárias, sem qualquer tipo de consistência, devido aos artefactos que são empregados pelos proprietários ou pelos empreiteiros.
Alsau Sambú, do Serviço Nacional da Protecção Civil, testemunhou, há algum tempo, que a entidade responsável pela resposta em situações do género, está desprovida de meios necessários e consequente falta de disposição em caso de emergência ou da situação crítica de inundações.
Sambú reporta, por isso, a obrigatoriedade do reforço de capacidade dos Serviços de Protecção Civil da Guiné-Bissau: “o país tem muito poucos meios e precisa muito de reforço de capacidade em termos de formação e aquisição de meios, para podermos falar que estamos em condições de responder. Termos que reconhecer que temos ainda alguns défices que precisamos colmatar para podermos estar em condições de responder as básicas solicitações da população”.
As vítimas das enxurradas criticam que estão abandonadas pelas entidades vocacionadas. Numa abordagem directa, afirma que os deputados dos círculos respectivos, se quer manifestam as suas solidariedades, sejam elas, gestual ou material, perante os problemas que enfrentam nas épocas de chuva.
VOA/GUINENDADE
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