Os trabalhadores guineenses estariam a sofrer as consequências da instabilidade crónica do país. Esta é uma tónica dos tradicionais desfiles do Dia do trabalhador que ontem decorreu na Guiné-Bissau.
A festa do dia do trabalhador é o mote para as duas centrais sindicais guineenses virem a público com as velhas reclamações perante o governo para a melhoria das condições laborais e os salários dos funcionários públicos.
Festejar sim, mas não descurar a precaridade laboral que o Governo proporciona aos servidores públicos, é o que dizem as duas principais centrais sindicais do país.
A UNTG, União Nacional dos Trabalhadores da Guiné diz que o Governo não quer melhorar o salário do funcionário público e dá ao Governo até finais de junho para que comece a implementar a nova grelha dos salários na função pública, caso contrário já em julho irá paralisar a administração estatal.
Entende a UNTG que o Governo tem condições objectivas para implementar a nova grelha salarial na função pública tal como ficou acordado em negociações tidas desde 2015.
Por sua vez, a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau alertou para a degradação da vida do trabalhador, o que se vê no aumento dos preços dos produtos e serviços e no atraso no pagamento de salários.
A confederação afirma que a instabilidade político-governativa tem sido sentida sobretudo pelos trabalhadores públicos cuja situação de vida tem sido cada vez mais precária.
Enquanto a confederação geral dos sindicatos independentes quer que o governo convoque o conselho permanente de concertação social para debater o novo código laboral e a proposta de reajuste salarial na função pública, a UNTG diz que não há mais nada a discutir com o Governo apenas o cumprimento dos acordos assinados.
Entretanto o presidente guineense prossegue até esta terça-feira um périplo africano, começado neste domingo, com etapas no Congo, Libéria, Costa do Marfim e Guiné Conacri.
Numa altura em que a CEDEAO, comunidade regional, afirma pretender sancionar os políticos que não respeitem o Acordo de Conacri.
Guinendade/RFI
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