O presidente do Sindicato Nacional do Corpo de Guarda Prisional da Guiné-Bissau (SNCGP GB), Iazalde José da Silva, anunciou esta segunda-feira, 22 de outubro 2018, que a segunda vaga de paralisação que se iniciou hoje vai ter a duração de dez (10) dias e caso o governo não resolver as suas exigências continuarão a paralisar o setor.
Iazalde José da Silva fez o anúncio aos jornalistas na sede da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), em Bissau. Segundo o sindicalista, a exigência em causa tem a ver com o não cumprimento de acordo assinado entre governo e sindicato, nomeadamente, o pagamento de retroativos, melhoria de condições de trabalho, aquisição de viaturas, fardamento e a progressão na carreira estabelecida pela lei, mas que há oito anos o corpo da guarda prisional não beneficia dessa promoção.
O sindicalista revela igualmente que os estabelecimentos prisionais da Guiné-Bissau não têm condições adequadas tanto para reclusos como para os próprios guardas prisionais.
Adiantou que “desde implementação do sistema penitenciário no país”, o sindicato nacional do corpo de guarda prisional tem exigido do governo a criação de condições de trabalho, mas diferentes executivos não deram ouvidos.
“Estado guineense programou um sistema penitenciário que não pode suportar e muito menos criar mínimas condições para os profissionais que operam neste sector. Prisão de Mansoa, neste momento, não tem vedação em condições e facilmente pode sofrer a invasão ou fuga de reclusos, devido a sua fase avançada de degradação e falta de interesse das autoridades nacionais em resolver esta situação”, espelhou o sindicalista.
Informou neste particular que os guardas prisionais estão a enfrentar uma situação de insegurança “muito crítica”, o que lhes obriga em diversas ocasiões a estarem vigilantes todo o tempo, sem repouso, devido à degradação dos muros das prisões de Mansoa e Bafafá, bem como a falta de meios materiais para os trabalhadores.
ODemocrata
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