
Chiara Guidetti, da delegação da UE na capital guineense explicou que de há uns tempos a esta parte a sua instituição tem vindo a dar atenção particular à cultura, que considera de "elemento importante para identidade" do país.
A responsável acredita que com a promoção cultural a UE estará a ajudar também no processo de construção da nação guineense.
Guidetti defende igualmente que a cultura pode ser um "motor de desenvolvimento mais saudável e duradouro" da Guiné-Bissau, daí a esperança no projeto "Promoção da Economia Criativa", será executado entre atores públicos e privados.
Os centros culturais de bairros terão salas de aula para formação de jovens em artes tradicionais, empreendedorismo cultural, salão de espetáculo e devem funcionar como laboratórios de iniciativas de modo a criar plataforma para comercialização de produtos culturais.
Na Guiné-Bissau apenas as embaixadas de Portugal, França e Brasil contam com espaços de promoção e divulgação cultural. Na esfera privada existe um centro cultural criado por um grupo de jovens num bairro periférico de Bissau.
O projeto da UE ainda não saiu do papel, mas os jovens de vários bairros a serem beneficiados já falam na melhoria da atividade cultural e na descoberta de "talentos escondidos".
Quebá, que se assume como jovem cineasta do bairro de Pssak, deixa rasgados elogios à União Europeia e afirma que a iniciativa visa também "desencorajar os jovens de pensarem na emigração clandestina".
O pintor Qudé, do bairro de Antula, diz ser uma satisfação saber que a cultura vai aos bairros, o que, disse, irá ajudar na economia criativa dos moradores e desta forma proporcionar emprego direto sobretudo aos jovens, notou.
Não foram divulgados os valores do projeto.
Notabanca/Guineendade
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