A
realidade politica guineense, sempre em ebulição, tem, no entanto, conhecido
uma aceleração muito especial e algo preocupante. Até aqui conhecemos a
perseguição aos adversários e a instrumentalização dos seus acólitos, mas reconhecemos-lhe
um medo atroz à comunidade internacional e sobretudo desde o fenómeno das
sanções. Corrijo o tempo do verbo – conhecíamos-lhe. Pois nos últimos dias tudo tem mudado. Hoje o ataque é dirigido aos
técnicos da GETAPE e ulteriormente aos de um gabinete da Nigéria que respondem
a um chamamento nacional para criar condições de absoluta transparência e
objetividade na ida próxima às urnas.
O
lógico é dizer-se logo, que mais uma vez o JOMAV se afoga na própria mentira.
Acusou o processo e agora tem medo da clarificação que se vem aportar, mesmo
sendo ele próprio (bom, o seu gabinete, pois outras vezes, já teve essa
resposta. Foi o meu gabinete e não eu!) a pedir essa clarificação.
Tudo
bem, já nos disse que não quer eleições! Não quer este governo! Não quer esta
GETAP! Não nos diz, mas sabemos que não quer este país! Não quer este povo!
Sabemos
então o que não quer. Mas, afinal o que
quer?
Isto
é difícil de admitir e ainda mais difícil de dizer. A verdade é que o JOMAV agora só quer a guerra! Oiçam-me bem meus
irmãos. Não sou precipitado nem fatalista e esta conclusão resulta de uma
análise bem ponderada e bem aquilatada.
Tentou
os sindicatos, e estes ficaram desmascarados. Tentou a ANP e não teve sucesso.
Armou partidos políticos para fazerem a contestação, e esta vinda dos técnicos
nigerianos e logo da CEDEAO os irá amuar. Ficará sem balas.
Então
pensou na solução derradeira, “provocar
um incidente diplomático com a Nigéria e vou espicaçar o sentimento de orgulho
das nossas forças armadas a ver se provoca um levantamento que, não sendo do
interesse da CEDEAO, levará a que aceitem a manutenção do status quo”. Mas
como não tem a certeza de que a CEDEAO vire costas a esta provocação, dá sinais
de estar decidido a tudo. Prepara uma viagem à Guiné Equatorial para ir pedir
solidariedade a um ditador e ver se este cai na farsa de oferecer algum
dinheiro e assim mobilizar melhor as hostes militares. Parece muito
imaginativo? Talvez, mas corresponde à mente doentia e malvada do nosso atual
presidente, que não quer nada para ninguém, a começar por aqueles que hoje o
apoiam e ainda acreditam nele.
A
propósito, deixem-me referir que aquele assunto da venda das ilhas afinal é uma
realidade. JOMAV tem enviados no Dubai a
tentarem inculcar a venda das ilhas do Arquipélago dos Bijagós. Elementos
muito próximos do Emir, têm feito contactos do direito internacional no sentido
de verificar o grau de autenticidade e segurança dos elementos que essa equipa
lhes tem exibido.
Meus
irmãos, antes que cheguemos à guerra que o presidente tem esforçado por nos
impingir, temos de ir a terreiro defender a nossa soberania e a nossa
democracia. Depois, será muito tarde para manifestações pacificas. Depois, será o tempo de armas, que ele
pensa que vai ter mais que todos nós!
Vamos à rua exigir
a democracia e a realização de eleições, já!
Dr. Cadjucan Lima
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