O Ministério do Interior anunciou esta terça-feira, 14 de novembro, a proibição da marcha do Coletivo dos Partidos Políticos Democráticos prevista para 16 e 17 de novembro.
Num documento enviado ao Coletivo o ministério de Interior invoca, entre vários motivos, a não autorização inicial pela Câmara Municipal de Bissau força o ministério em não autorizar por sua vez a manifestação da oposição guineense, que exige ao Presidente da República o cumprimento do Acordo de Conacri e o respeito das normas constitucionais da Guiné-Bissau. Informações apuradas pela e-Global indicam que na sequência da agenda da marcha, o Ministro do Interior Botche Candé esteve reunido esta terça-feira com Comissário Nacional da Polícia da Ordem Pública e o Comandante-geral da Guarda Nacional a fim de analisarem a anunciada marcha de Coletivo dos Partidos Políticos Democráticos.
Com o anúncio do mistério do Interior os dirigentes de diferentes formações política que integram o Coletivo reuniram para estudar as medidas a tomar face à proibição da marcha de 16 e 17 de novembro. A marcha dos partidos do Coletivo deste fim-de-semana, será também uma das razões que levou à exoneração do Secretário de estado da Ordem Pública, Francisco Malan Ndur Djatá, que terá manifestado desacordo com a medida anunciada pelo Ministro do Interior Botche Candé.
Na reunião que decorreu na manhã desta terça-feira com os responsáveis do ministério, Botche Candé terá apresentado uma gravação áudio de uma conversa de Domingos Simões Pereira, Nuno Nabiam e Francisco Malan Ndur Djatá, a propósito da marcha de 16 e 17 de novembro. Outro motivo que pode justificar o afastamento de Malan Ndur Djatá, prende-se com alegada recusa do agora ex Secretário de Estado da Ordem Pública de disponibilizar agentes das forças de ordem para executar ordem de despejo na casa do deputado Gabriel Sow, no final da semana passada.
Guinendade/eglobal
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