Os
soldados da Ecomib, força de manutenção da paz de países de África Ocidental,
estacionados na Guiné-Bissau desde 2012 vão permanecer naquele país até 30 de
junho próximo, anunciou a organização em comunicado hoje divulgado em Lomé,
Togo.
Aquela
força composta inicialmente por cerca de 700 soldados do Senegal, Burkina-Faso,
Togo e Nigéria deveriam ter abandonado a Guiné-Bissau a 31 de março, mas hoje
os líderes da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO)
decidiram pela sua permanência até junho.
A decisão
foi tomada numa cimeira extraordinária realizada no Togo em que se falou da
situação política na Guiné-Bissau, tendo sido anunciado o nome do sociólogo
Aristides Gomes como a pessoa a ser indicada novo primeiro-ministro guineense.
O Presidente
guineense, José Mário Vaz, comprometeu-se em nomear Gomes, que já foi
primeiro-ministro do país, entre novembro de 2005 a abril de 2007, através de
um decreto presidencial na próxima terça-feira.
O
comunicado da cimeira de líderes da CEDEAO exorta as forças de segurança
guineenses a continuarem a garantir a paz e a segurança do país.
As forças
da ECOMIB estão na Guiné-Bissau desde 2012 na sequência de um golpe de Estado
militar e têm a missão de garantir a segurança e proteção aos titulares de órgãos
de soberania guineenses.
Quanto ao
futuro primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, de 63 anos, é um conhecido
político, quadro do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), de que já foi vice-presidente.
Em 2008, Aristides Gomes, considerado na altura 'delfim' do então
Presidente João Bernardo 'Nino' Vieira saiu do PAIGC, em divergência com a
direção, para fundar o PRID (Partido Republicano da Independência e
Desenvolvimento).
Depois de novas divergências com os militantes do PRID, Aristides Gomes,
regressa ao PAIGC em março de 2013, estando neste momento no gabinete
estratégico daquele partido.
Na próxima terça-feira será nomeado primeiro-ministro guineense, segundo
o comunicado da cimeira de líderes da CEDEAO, com a missão exclusiva de liderar
um governo que irá organizar as eleições legislativas no dia 18 de novembro
deste ano.
Guinendade-DN
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