O comité de sanções das Nações Unidas continua encontros com as autoridades nacionais para se informar sobre a evolução política e avaliar as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU aos chefias militares depois do golpe militar de 2012
Esta quinta-feira (15/06), nas primeiras horas da manhã, a missão já reuniu com o ministro da defesa nacional, de seguida com o ministro do interior, com o presidente do Supremo Tribunal de Contas, no início da tarde com o primeiro-ministro, depois com o líder do parlamento e por fim com o presidente da república.
Entretanto, ontem a missão reuniu com os partidos políticos com assento parlamentar, com as organizações da sociedade civil e o grupo do P5.
Depois da reunião com as organizações da sociedade civil, numa breve declaração à imprensa, o presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, Jorge Gomes, diz que as sanções foram positivas porque serviram de exemplo para os actuais militares que agora mantiveram equidistantes dos jogos políticos.
“Estas pessoas (sancionadas) devem ser responsabilizadas pelos danos causados no país porque, durante o golpe, houve derrubes de árvores transformadas em madeiras exportadas em benefícios pessoas”
A mesma ideia foi defendida pelo secretário nacional do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Aly Hijazi, que sustenta que a medida do Conselho de Segurança “serviu como exemplo que ajuda a manutenção e o funcionamento das estruturas da nação que deu como resultado esta tranquilidade e paz”.
Já para o secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), Florentino Mendes Pereira, as sanções deveriam ser levantadas porque os militares revelaram um bom comportamento durante a actual crise política institucional.
“De facto em qualquer democracia o golpe de Estado é condenável, mas todos sabemos o que esteve na origem do golpe de 2012 e eles cumpriram os cinco anos de sanções e pensamos que é altura, depois do comportamento revelados até aqui, de pedirmos o levantamento das sanções impostas”, defende.
Já no plano político, apesar de varias visitas das organizações internacionais ao país, o impasse politico mantem-se, dividido, as divergências na interpretação do acordo de Conacri sobretudo no que se refere a nomeação de primeiro-ministro e a formação de um governo inclusivo e de consenso.
Entretanto, sobre o assunto presidente da sociedade civil Jorge Gomes diz que pediu a missão para apelar o presidente da república a sentar-se a mesma mesa com as partes desavinda para “busca de solução aplausível” para tirar o país da situação em que encontra há quase três (03) anos.
Em 2012, as Nações Unidas e outros organismos internacionais como a União Europeia impuseram sanções, entre outros congelamentos de bens e interdição de viagens, às chefias militares implicados no golpe de Estado.
Guinendade/RSM
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