O Governo da Guiné-Bissau e os sindicatos dos
professores chegaram a acordo, pondo fim à greve iniciada a 29 de maio,
anunciou hoje fonte sindical.
O acordo entre o Governo e os sindicatos, Sinaprof
e Sindeprof, foi rubricado na segunda-feira.
Laureano
Pereira, porta-voz dos dois sindicatos para as negociações, defendeu que a
"batalha foi ganha" pelos professores que, ao fim de quase seis anos,
conseguiram a aplicação do Estatuto de Carreira Docente ainda este ano letivo.
"Conseguimos
alcançar um entendimento. Vamos ter aquilo que é a nossa principal
revindicação, desde 2011, que é a aplicação dos Estatutos da Carreira Docente
(ECD)", sublinhou Laureano Pereira.
O sindicalista
não especificou de concreto os ganhos que os professores passarão a ter com a
aplicação do ECD, mas frisou que o Governo, mesmo salientando ser uma
iniciativa onerosa para as Finanças Públicas, se comprometeu a pagar.
"Podemos
dizer que os professores estão de parabéns porque conseguiram aquilo que para
que lutaram. É uma realidade irreversível", realçou Laureano Pereira, adiantando
que as dívidas aos professores de "todas as categorias" serão pagas,
segundo um compromisso do executivo.
O sistema do ensino público da Guiné-Bissau conta
com professores com diferentes estatutos, nomeadamente os efetivos, contratados
e do novo ingresso, isto é, aqueles cujos nomes ainda não constam dos registos
no Tesouro Público.
Laureano Pereira afirmou que há um compromisso
entre o Governo e os sindicatos para as dívidas em atraso começarem a ser pagas
ainda este mês e pediu aos professores para regressarem às aulas.
Uma fonte do
Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof) disse à Lusa que se os movimentos
de greves não cessarem o ano letivo "corre riscos de ser um fiasco"
uma vez que dos 180 dias de aulas previstos no calendário escolar apenas foram
cumpridos cerca de 70.
Guinendade/Lusa
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