Paulo Gomes, ex-candidato presidencial na Guiné-Bissau e antigo quadro do Banco Mundial, defendeu hoje que o país precisa de um “estado de graça” de cinco anos e de estabilidade política para se recompor, após décadas de crises cíclicas.
“Em muitos países fala-se sempre do famoso [período] de 90 dias de estado de graça para que o país possa avançar. [Na Guiné-Bissau] precisamos de, pelo menos, cinco anos” para “consolidar o que for possível”, referiu. Paulo Gomes falava aos jornalistas depois de ter sido recebido em audiência pelo Presidente da República, José Mário Vaz.
“Saímos de uma situação em que havia um problema de constitucionalidade”, devido ao golpe militar de 2012, “fizemos eleições, foram exemplares e não há espaço para a competição” referiu, numa alusão a lutas políticas internas.
“Nesse momento, o único objetivo é que todos os guineenses possam posicionar-se, cada um ao seu nível, para que esse país seja, mais uma vez, um país relevante ao nível regional e internacional”, acrescentou.
No entanto, Paulo Gomes admite que a convivência política na Guiné-Bissau “não é fácil”.
“O nosso ambiente interno, às vezes, não ajuda, porque há interesses particulares que esquecem que o interesse da Nação é o mais importante”, sublinhou, sem apontar nomes.
Nos últimos meses têm sido conhecidas divergências políticas entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, que este último tem desdramatizado, acreditando que será sempre possível chegar a consenso.
Ao mesmo tempo, tem subido de tom a troca de palavras entre o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, e José Mário Vaz, também por divergências políticas.
Todos fazem parte do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), partido no poder, liderado por Domingos Simões Pereira. Por essa razão, um dos órgãos diretivos do partido anunciou em março que pretende juntar à mesma mesa Presidente, líder do Parlamento e primeiro-ministro para esclarecer os motivos das divergências.
Segundo referiu fonte partidária à Lusa, esse encontro ainda não aconteceu “por motivos de agenda”.
No início desta semana, o Movimento Nacional da Sociedade Civil da Guiné-Bissau apelou, em comunicado, aos titulares dos órgãos de soberania para uma “maior contenção na abordagem pública dos assuntos do Estado com reserva de tratamento dos mais delicados e sensíveis para os fóruns próprios”.
Segundo o Movimento, “é notório que desde a tomada de posse dos titulares dos órgãos da soberania até à presente data, assiste-se à falta de um ambiente favorável de concertação e gestão dos assuntos do Estado a bem da paz e da estabilidade do país”.
Guinendade/Lusa
A diplomacia quebra as verdades e dá forças aos incultos e invejosos, senão uma voz corajosa diria, so presi JOMAV,diga ao POVO da Guiné-Bissau você é ilegalista. Basta os três anos de crise!Portanto você uma vergonha nacional, e até as crianças colegas dos seus filhos te orienta e desorienta como se fosse um boneco pááááá....potcha!
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