Parte III/V
Os três
princípios do funcionamento partidário nos regimes democráticos
(continuação da parte II/V)
Bem, certo. Existe esta “doença”
bissau-guineense de instabilidade político-institucional civil e/ou,
político-institucional civil/militar. Mas então, quem são os agentes
portadores do vírus desta “doença”? E quais são as partes dos órgãos do
funcionamento do “corpo” de Estado bissau-guineense sempre atacados pelos agentes
em ação, portadores deste vírus?
Ou seja, abandonando esta
metáfora das ciências da medicina; quem são, partido do prisma dos Partidos políticos,
os atores políticos perpetradores dos atos provocadores dos casos das situações
de crises de instabilidades político-institucionais civis e/ou,
político-institucionais civis/militares, sucessivas e à repetição na
Guiné-Bissau? Desde há 24 anos. Quem são? E, sempre visto pelo mesmo prisma, contra
quais elementos concretos do funcionamento democrático são sempre dirigidos os
seus atos?
Eis as respostas no
seguinte.
Primeiramente, em relação
aos perpetradores.
Com efeito, estes são,
segundo os casos, como a leitora/o leitor provavelmente já percebeu, alguns dos
Dirigentes e Responsáveis principais dos Partidos políticos bissau-guineenses,
associados ou não, aqui e acolá, a alguns elementos membros das nossas
gloriosas FARP.
Precisa-se. Referindo-se
ao exemplo da atual situação de crise ainda em curso, os perpetradores neste
caso são: em primeiro lugar, o nosso S. Exa. So Presi, Dr. JOMAV na sua
qualidade de um dos então altos Dirigentes do PAIGC da direção saída do VIII
Congresso de Cacheu deste Partido. Investido efetivamente, com então apoio
desta formação naquela sua qualidade de alto Dirigente, no estatuto do
candidato presidencial, e mais tarde, no do PR. Vem em seguida os seus
apoiantes. Os Dirigentes e Responsáveis principais, integrantes do “grupo dos
15” Deputados desviantes e expulsos do PAIGC. Completa esta lista, os Senhores
Botche Candé, Malal Sané, Marciano Silva Barbeiro, Artur Silva, mais uma dezena
e mais, de outra malta.
Eis um exemplo concreto
de uma lista de alguns Dirigentes e Responsáveis principais do PAIGC,
perpetradores dos atos tendo desembocado na instalação e/ou sustento da atual
situação de crise em curso neste país desde o dia 12 de Agosto de 2015.
Deixa-se aqui de lado, por razões de conveniência, a lista dos Dirigentes e
Responsáveis principais do PRS, PCD e PND tendo-se (apressado ao socorro) associado
ao nosso S. Exa. So PRESI, Dr. JOMAV no seu tal projeto da perpetração e do
sustento desta atual situação de crise pela indisciplina, desrespeito das
normas estatutárias partidárias e das Leis da República.
Enfim, continuando na
senda do debate geral aqui entabulado, é a evocar de que, enquanto elementos concretos sempre violados, estes são, os dois
dos três princípios centrais (basilares) do funcionamento partidário nos regimes da Democracia Parlamentar
Representativa e de Estado de Direito, a
saber: (1) o
princípio de fidelidade e disciplina partidárias (a respeitar irrestritamente
por todos os militantes de um partido político), e; (2) o imperativo do
respeito irrestrito dos compromissos assumidos para com assuntos programáticos
relevantes do Partido (a respeitar por cada um dos militantes responsáveis ou
dirigentes dos Partidos políticos, investidos nos postos de responsabilidade em
como eleitos representantes do povo em nome das suas agremiações).
Para a info da leitora/do leitor,
o terceiro princípio é, o imperativo do respeito irrestrito do ideal, das
visões político-ideológicas e dos compromissos programáticos partidários (a respeitar
irrestritamente pelo Partido representado pela sua direção em exercício em cada
período diretivo partidário).
Evidentemente, a
importância e necessidade do respeito irrestrito destes três princípios centrais (basilares) do funcionamento partidário nos regimes da Democracia Parlamentar
Representativa e de Estado de Direito se tornam claras a qualquer elemento membro da
elite governante ou não, e ao cidadão comum de qualquer Estado moderno,
verdadeiramente democrático do nosso mundo atual, apenas, quando sabe, conhece,
aceita e reconhece bem!, o significado de governar para cada um dos cinco ELEMENTOS
INSTITUCIONAIS
(entidades políticas) centrais, funcionais de base (ou basilares), na
organização e realização dos modos e de diferentes aspetos dos processos de governação
destes Estados.
Entidades políticas essas, que são: (1) o SOBERANO (o povo eleitor); (2) os PARTIDOS
POLÍTICOS efetivamente; (3) o LEGISLATIVO (o parlamento; a ANP na
Guiné-Bissau [o corpo político, representante direto do soberano)]; (4) o EXECUTIVO
(o governo; bicéfalo na Guiné-Bissau: a Presidência de um lado, e, a PRIMATURA
de outro lado), e; (5) o JUDICIÁRIO (Cif., entre outros, DAUM,
Mathias e al., 2014:27, Wer regiert die
Schweiz, Ed. Hier und Jetzt, Baden, 210 p. [continuação na parte IV/V]).
Parte IV/V
As atribuições dos Partidos políticos nos regimes
democráticos
(continuação da parte III/V)
Com efeito, nesta
constelação antes evocada, colocada no quadro dos princípios da doutrina de
separação de poderes (muito carro ao Il.mo, Sr. MONTESQUIEU [18.01.1689 – 10.02.1755], cientista
francês do sec. XVIII, Filósofo, Especialista do Direito de Estado e
Historiador; o Pai fundador desta doutrina, base inicial de todas as atuais
constituições modernas), para os Partidos políticos, O GOVERNAR (e/ou a
arte de governar), significa:
·
Juntar as correntes de visões político-ideológicas e
programáticas existentes num país e repartir quanta influência deve ter, qual
corrente na organização e governação do país concernente em cada determinado
período de governação (função poucas vezes evocada pelos especialistas e por
consequência, pouco conhecida de forma consciente e precisa pelo grande
público; mas como se vê, muito fundamental no entendimento e respeito do papel
desta entidade no funcionamento democrático);
·
Mobilizar, organizar, dinamizar e fazer participar todos
os cidadãos no processo democrático;
·
Organizar, dinamizar e disciplinar os processos
eleitorais;
·
Organizar, dinamizar e disciplinar o funcionamento
prático-real da vida e atividade parlamentares;
·
Estabelecer os planos e programas de governação de cada
país;
·
Selecionar os cidadãos (Mulheres e Homens) aptos para
esse efeito, coloca-los na governação e leva-los a governar, fiscalizar e fazer
pressão para com o cumprimento efetivo, por cada um dos selecionados, dos
compromissos programáticos assumidos diante dos eleitores (o soberano) e para
com o país inteiro.
Eis efetivamente, as atribuições,
ou seja, as funções e/ou, o significado da ARTE DE GOVERNAR para os Partidos
políticos em todas as Democracias dos nossos tempos. Atribuições essas, sempre
consagradas nas Leis da República e/ou nos estatutos desta entidade política, reconhecidas
sempre constitucionalmente. Porque sendo (os Partidos políticos), evidentemente,
entendido assim tal como aqui exposto, a parte integrante sólida deste antes
assinalado conjunto dos cinco ELEMENTOS INSTITUCIONAIS (entidades
políticas) centrais, funcionais de base (ou basilares), na
organização e realização dos modos e de diferentes aspetos dos processos de
governação dos
regimes da Democracia Parlamentar Representativa e de Estado de Direito.
O que significa por sua vez,
conhecendo bem, aceitando integralmente e reconhecendo bem em definitivo, estas
atribuições, afetas evidentemente a este elemento institucional (Partidos
políticos), vê-se tão logo também, consequentemente, a importância e
necessidade do respeito irrestrito dos antes expostos três princípios centrais (basilares) do funcionamento deste mesmo nestes regimes.
Conclusão. Dito e visto tudo isto pelo prisma dos
Partidos políticos, claro e evidente se torna logo também, de que, o primeiro
passo para com a erradicação total e definitiva dos permanentes casos de
perpetrações sucessivas, sem parar, de atos provocadores das situações de
crises de instabilidades
político-institucionais civis em todo o mundo democrático, inclusive e em
particular na República da Guiné-Bissau, passa em todo primeiro lugar pelo
respeito irrestrito da disciplina interna e das normas estatutárias
partidárias no seio de todos os Partidos políticos, por todos os seus
Dirigentes, Responsáveis principais e militantes em geral. Tudo, tendo sempre como
ponto de partida e em todo o primeiro lugar, na adoção em cada um dos Partidos
políticos, começando nos níveis de Líder principal de cada, da atitude e do comportamento
políticos de uma Liderança de rigor, na disciplina, no respeito irrestrito das
normas estatutárias partidárias e das Leis da República (esta última
parte da frase, quando se integra na observação para o caso da Guiné-Bissau
muito em particular, as duas outras pistas postas de lado no debate aqui havido;
a pista do PR/PRIMATURA e a dos alguns elementos afetos as nossas gloriosas
FARP [continuação na parte V/V]).
Parte V/V
Observações finais
(continuação da parte IV/V)
Um “on djarama” (obrigado em
fula), à leitora/ao leitor tendo acompanhado a presente o debate tido até a
este ponto. “N’sumandé”! (estou
contente em balanta). O todo podendo ser concluído agora esquematicamente tal
como segue.
Eis efetivamente o estado das “coisas” em particular
para o caso da Guiné-Bissau. Digamos (partindo apenas do prisma dos Partidos
políticos), o esquema do crónico ciclo de perpetrações sucessivas, à repetição,
sem parar, desde há 24 anos neste país, dos atos provocadores das situações de crises de instabilidades político-institucionais
civis e/ou político-institucionais civis/militares. Portanto, a
demonstração do porquê da necessidade imperativa, em cada situação de
governação (ronda governativa) neste país e no atual regime, da adoção, sem
complacências, da atitude e do comportamento políticos de uma liderança de rigor, na
disciplina e no respeito irrestrito das normas estatutárias partidárias
pelos Líderes desta entidade política que são os Partidos políticos, começando
nos níveis de Líder principal de cada.
A
NOTAR BEM!: Bem entendido, agindo assim, sem que se
cause prejuízos nenhuns e nunca ao exercício dos direitos e liberdades dos
cidadãos militantes, ativistas e/ou comuns, prescritos pela constituição, pelas
Leis da República e muito particularmente, em relação ao INSTITUTO DO MANDATO LIVRE.
Concluindo. Resta finalmente apenas é afirmar, parafraseando camarada
Cabral, adotando a sua fórmula, pela qual sempre costumava findar as suas
conversas quando se tratava de importantes assuntos da vida dos povos bissau-guineenses
e cabo-verdianos, durante a gloriosa Luta de Libertação Nacional travada por
estes dois povos irmãos e por ele liderado, o seguinte.
Quem é ou quer ser um bom cidadão (Mulher ou Homem), no nosso atual
regime da Democracia Parlamentar Representativa e de Estado de Direito na nossa
Guiné-Bissau de hoje e de amanhã; uma Guiné-Bissau devendo ser bem radiante
para todas as suas filhas/todos os seus filhos; e este alguém (Mulher ou
Homem), ainda não entendeu todo o antes exposto aqui neste debate acerca da
importância e papel fundamentais dos Partidos políticos neste regime, não sabe
tudo isso ainda, não fez o esforço para aprender e, pensar tudo isso ainda, tomando
consciência disto tudo, para poder agir corretamente nesta matéria em todas as
situações; então, ele/ela não entendeu nada ainda!
E por isso, ainda não avançou na sua caminhada de ser um bom cidadão verdadeiramente
democrata (Mulher ou Homem). E para muitos de nós, bissau-guineenses,
pertencentes sobretudo à camada da elite (local e de fora) governante ou não, deste
nosso país dos nossos dias, é porque esta/este não quis e ainda não quer pensar
bem para poder ela/ele mesma/mesmo avançar e fazer avançar os outros seus concidadãos.
Porque
só pensa na sua barriga, nos seus interesses mesquinhos e não na
construção (desenvolvimento), no presente e no futuro deste nosso maravilhoso
país do POVO BOM, a Guiné-Bissau.
Obrigado.
Por uma Guiné-Bissau de
Homem Novo (Mulheres e Homens), íntegro, idôneo e, pensador com a sua própria
cabeça.
Boa sorte a todos nós bissau-guineenses (Mulheres e Homens) nestes dias de
jejum da sagrada lua (mês) do Ramadão.
Que reine o bom senso.
Que a tranquilidade, paz e estabilidade governativa venha e se instale em
definitivo neste nosso querido país, evidentemente, a Guiné-Bissau do POVO
BOM.
Amizade.
A. Keita
O PROBLEMA FUNDAMENTAL DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU TEM TUDO HAVER COM A POBRE MENTALIDADE DO POVO GUINEENSE, EM GERAL. A POBRE MENTALIDADE VEM AGRAVANDO POR CAUSA DA EXTREMA POBREZA. E AGORA TEMOS UM POVO SEM ÉTICA, SEM PRINCÍPIO E NEM MORAL. A LEI DA SELVA PASSA A SER A NORMA.
ResponderEliminarAGORA, O CALCULO/A ESQUEMA É COMO ALCANÇAR TUDO DE UMA VEZ E DE FORMA FÁCIL, NÃO IMPORTA O MEIO OU A FORMA.
TEMOS FORMADOS SEM FORMA!
TEMOS ANALFABRUTOS COMO "MELHOR POLÍTICOS"
TEMOS ANALFABETOS A OCUPAREM CARGOS DE RELEVO NO ESTADO
TEMOS DEPUTADOS "DJILAS"
TEMOS PARTIDOS POLÍTICOS QUE SERVEM DE CLUBES DE EMPREGO E DE MAMA TACO
TEMOS BANDIDOS POR TODO O LADO NA POLÍTICA
ETC ETC ETC
PRECISAMOS DE LÍDERES NA ALTURA DO DESAFIO!!! PRECISAMOS DE UM PRESIDENTE E DE UM PRIMEIRO MINISTRO CAPAZES DE TIRAR ESSE POVO DESSE ESTADO DE COMA PROFUNDO. SEM A HARMONIA (QUE É A PRIORIDADE) DOS DOIS LÍDERES COM UM ÚNICO OBJECTIVO DE SALVAR O PAÍS E O POVO GUINEENSE, ESQUEÇAM!!!