A assinatura do memorando tinha ficado marcada para hoje na Presidência da Guiné-Bissau, depois de na sexta-feira o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter estado reunido com os sindicatos dos professores, o Governo, associações de estudantes e representantes das associações de pais.
Hoje, os sindicatos recusaram assinar o acordo na presença do Presidente José Mário Vaz e depois de o primeiro-ministro, Aristides Gomes, e o ministro da Educação, Camilo Simões Pereira, já o terem assinado.
O Sindicato Nacional do Professores, o Sindicato Democrático dos Professores e o Sindicato Nacional dos Professores e Funcionários da Escola Superior de Educação tinham afirmado na sexta-feira que só levantavam a greve quando fosse aplicado o estatuto de carreira docente.
O estatuto da carreira docente foi aprovado pelo Governo guineense em 2011, mas nunca foi implementado.
"Pura e simplesmente recusaram. Tínhamos chegado a um entendimento. O Presidente da República convidou-nos para uma reunião na presidência e nesse dia disseram-nos que os presidentes dos sindicatos não estavam e os delegados não podiam assinar e ficou combinado que vinham cá ter hoje para assinar o memorando", afirmou o ministro da Educação, Camilo Simões Pereira.
Questionado pelos jornalistas sobre o que aconteceu, o ministro da Educação disse apenas que "há falta de vontade por parte dos sindicatos".
Os sindicatos saíram do encontro sem prestar declarações aos jornalistas.
O líder da Rede Nacional de Associações Juvenis da Guiné-Bissau (RENAJ), Gueri Gomes Lopes, afirmou aos jornalistas que a "situação é lamentável" e que "todos saíram desiludidos".
"O que podemos garantir é que esta situação tem de ser resolvida ou o país fica paralisado e alguém tem de ser responsabilizado por isto", salientou.
Na sexta-feira, os alunos guineenses, que já perderam o primeiro período do ano letivo devido à greve dos professores, ameaçaram paralisar o país em todos os setores se os professores continuassem em greve.
MSE // VM
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