O empresário português Daniel Faria reclama do Governo guineense o pagamento de cerca de 135 mil euros, que disponibilizou para custear as despesas do estágio em Lisboa e deslocações da seleção de futebol para Brazzaville em 2016.
Daniel Faria, administrador de uma empresa em Portugal, deslocou-se a Bissau para pessoalmente exigir o pagamento do montante disponibilizado para pagar a alimentação, hotel, campos de treinos, compra das passagens dos jogadores e equipa técnica guineense de Lisboa para Brazzaville e de lá para Bissau.
Se não fosse a intervenção do empresário português, a seleção guineense não se tinha deslocado para o Congo, onde iria disputar o último desafio no âmbito das eliminatórias para a fase final do campeonato africano de futebol, realizado no Gabão.
“A Guiné seria simplesmente eliminada da prova”, notou Daniel Faria que disse ter ajudado a seleção guineense “por solicitação expressa” do então ministro da Cultura, Juventude e Desporto, Tomás Barbosa, que alegou dificuldades no desbloqueamento atempado de verbas por parte do Governo.
Daniel Faria já se encontrou com o atual secretário de Estado do Desporto da Guiné-Bissau, Florentino Dias, de quem recebeu garantias do pagamento da dívida, mas continua sem perceber “toda morosidade” na liquidação de um compromisso que até já é do conhecimento de dois primeiros-ministros.
Baciro Djá e Umaro Sissoco Embalo já foram contactados pela empresa de Daniel Faria, contou o próprio numa entrevista hoje em Bissau.
“Tenho simpatia pela Guiné, gostava de continuar a colaborar com a Guiné, mas preciso de mais confiança para um dia, quem sabe, vir cá investir”, defendeu Daniel Faria.
O empresário português espera resolver a situação nos próximos dias, caso contrário admite recorrer “a outras instâncias” para reaver o dinheiro, avisou.
Fonte da Federação guineense de futebol confirmou à Lusa a existência da dívida com o empresário português e lamentou que ainda não tenha havido uma solução ao compromisso
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