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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

NOTÍCIAS AO MINUTO: JORNAL DE ANGOLA FALA DO AUMENTO DO NARCOTRÁFICO NA GUINÉ-BISSAU OU SEJA NO MANDATO DE JOSÉ MARIO VAZ


Narcotráfico aumenta na Guiné-Bissau


22 de Fevereiro, 2017


Depois de várias instâncias nacionais e internacionais denunciarem publicamente o aumento do narcotráfico na Guiné-Bissau, o director da Interpol na Guiné-Bissau alertou ontem para os perigos que pairam sobre o país, designadamente nas ilhas dos Bijagós.

Martinho Camará, director da agência da Interpol na Guiné-Bissau, advertiu sobre a existência de “sérios riscos” de uma das ilhas dos Bijagós passar a ser controlada pelos narcotraficantes para a instalação de bases de retaguarda para acções criminosas, aproveitando-se das vulnerabilidades do país.
De há uns tempos a esta parte, prosseguiu Martinho Camará, tem sido visível, sobretudo em Bissau, a presença de viaturas de alta cilindrada de origem duvidosa, sendo que algumas dessas viaturas foram roubadas noutros países. Martinho Camará disse preconizar o reforço da cooperação entre as várias forças policiais nacionais e estrangeiras para enfrentar o tráfico de droga e a criminalidade organizada na Guiné-Bissau, problema recorrentemente denunciado por diversas entidades, entre as quais a ONU.

Eleições antecipadas

O alerta da Interpol é feito depois numa altura em que parece estar cada vez mais longe um entendimento entre os dirigentes políticos guineenses para pôr fim à crise institucional que assola o país. O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, preconiza a realização de eleições antecipadas como única alternativa para resolver a crise política que se vive no país desde 2015. “Exigimos o respeito pelas regras democráticas e está demonstrada a falência de qualquer alternativa que tem sido forçada pelo Presidente da República. Quando não se reconhece que há um partido vencedor das eleições, não consigo imaginar outra alternativa que não seja a convocação de eleições antecipadas”, disse Simões Pereira aos jornalistas, na cidade da Praia, à margem do congresso do PAICV.

O presidente do PAIGC, partido vencedor das eleições de 2014 na Guiné-Bissau, mas arredado do poder, sublinhou que a proposta não é nova, mas que se quis  sempre dar uma oportunidade ao Presidente da Republica para provar que tinha uma alternativa. "São essas alternativas que estão esgotadas e esperemos que não se volte a por em causa o direito e a expectativa de todo um povo porque há um titular de um cargo importante da soberania que entende que os seus direitos têm que continuar a ser privilegiados", disse Domingos Simões Pereira, que pediu também à comunidade internacional mais "firmeza" e "clareza" na sua posição em relação ao cumprimento, por parte do Presidente da República, José Mário Vaz, do acordo assinado em Conacri, para a nomeação de um Governo de consenso.

O PAIGC  exigiu ontem, em comunicado, ao Presidente José Mário Vaz que demita “imediatamente” o Governo do primeiro-ministro Umaro Embaló e nomeie “sem demoras”  Augusto Olivais,  que, na óptica do partido, “põe  fim ao impasse político e faz  com que seja respeitado o Acordo de Conacri”.

Augusto Olivais

No comunicado, o PAIGC saúda as últimas posições assumidas pela comunidade internacional, particularmente com as palavras do presidente da comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Marcel de Souza, em relação à crise guineense. Marcel de Souza afirmou recentemente que a persistência do impasse político na Guiné-Bissau se deve ao facto de o nome de consenso escolhido à luz do Acordo de Conacri, o de Augusto Olivais, ter sido preterido pelo de Umaro Embaló, nomeado primeiro-ministro.

O acordo foi patrocinado pelos líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e assinado em Outubro por dirigentes políticos, sociedade civil e outras instituições da Guiné, para garantir que o país tenha um governo com programa e orçamento aprovados no parlamento.

O PAIGC e três forças políticas representadas na Assembleia Nacional guineense acusam o Presidente guineense José Mário Vaz de não ter respeitado o acordo ao nomear Umaro Embaló como primeiro-ministro, em Dezembro, pelo que não integram o Governo.

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