O dispositivo de segurança que irá proteger o ex-Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior no seu regresso a Bissau está já a ser preparado pelos oficiais superiores do Ministério do Interior.
De acordo com as fontes contactadas, quer as forças de segurança da Guiné-Bissau, quer o actual Governo de Umaro Cissoko, não pretendem colocar quaisquer entraves ao regresso de Carlos Gomes Júnior, afastado da Guiné-Bissau desde o Golpe de Estado de 2012, dias antes da realização da segunda volta das eleições presidenciais onde era o principal favorito à vitória. Ao que foi possível apurar, o plano para a protecção ao ex-Primeiro Ministro está ainda num âmbito restrito no seio do próprio Governo.
Carlos Gomes Júnior verá a sua segurança ser garantida por equipas mistas da Polícia de Ordem Pública e da Guarda Nacional, estando ainda em estudo o destacamento de elementos da Brigada de Intervenção Rápida ao redor da residência de Carlos Gomes Júnior, a qual nas últimas semanas foi alvo de obras de recuperação.
Este dispositivo será custeado pelo Estado guineense. Longe de ser uma figura consensual na sociedade guineense, Carlos Gomes Júnior mantém ainda o apoio de muitos elementos que o apoiaram nos seus sucessivos governos e que ainda hoje mantêm funções governamentais. Mesmo não existindo ainda uma data formal para o regresso, fontes ligadas ao processo avançam com a semana seguinte à Manifestação do Colectivo de Partidos Políticos Democráticos como o momento mais provável para a entrada em Bissau, apesar do Presidente da República José Mário Vaz ter já anunciado a ausência do país durante esse período.
Guinendade/e-global
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