O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) acusa os militantes expulsos, connhecidos com o nome do “Grupos dos 15”, de “deturpação e especulação, com o propósito de “aproveitamento político em relação das cerimónias fúnebres da deputada Isabel Buscardine.
De acordo com um comunicado de imprensa do seu Secretariado Nacional, esta formação política afirma que, contrariamente as declarações dos “ex-militantes”, o Partido e o seu Presidente estiveram ao lado dos familiares desta antiga parlamentar.
“Uma delegação de alto nível do PAIGC chefiada pelo seu Secretário Nacional deslocou-se a residência da falecida, em nome da direcção superior do partido para apresentar as mais sentidas condolências e colocar-se a disposição da família enlutada, todos os serviços que permitissem honrar uma combatente da liberdade da pátria”, acrescenta o documento.
Para além de “facultar” o Curriculum Vitae desta antiga Secretária de Amílcar à família, ainda o PAIGC informa que manteve uma reunião com a Direcção da Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria, onde “comunicou toda a disponibilidade do partido em apoiar quaisquer actos relacionados com a prestação de homenagens à falecida”.
Dias depois da morte da deputada Isabel Buscarde, alguns políticos, nomeadamente o “Grupo dos 15” deputados expulsos do PAIGC, criticaram a alegada “falta de homenagem”, por parte do partido ao corpo desta parlamentar.
Isabel Buscardine conheceu a morte súbita na semana passada.Ingressou no PAIGC aos treze anos, na plena luta armada, no Sector de Bissorã, norte da Guiné-Bissau.
Depois da independência do país do regime colonial português, desempenhou várias funções, com destaque para a de IIª Vice-Presidente da Assembleia Nacional Poppular, o Parlamento guineense.
Há cerca de dois anos, devido ao desentendimento com a direcção do partido, Isabel Buscardine e mais 14 parlamentares foram expulsos do PAIGC, por alegada falta de disciplina partidária, a quando da votação do Programa do Governo de Carlos Correia.
ANG/GUNENDADE
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