Das
inabilidades físicas e morais e, sobretudo, das fragilidades das nossas
instituições governativas para evitar os conflitos políticos e construir o
avanço social e econômico da Guiné-Bissau nos levou a viver mais um ano de
incerteza, assim somamos dois anos seguidos, ou seja; ano 2015 e 2016. Findou-se
o mês de janeiro e as nossas querelas continuam sem soluções a vista.
Os
credores [população] levaram o ano inteiro remediando e tentando resolver os
problemas através das passeatas, mas sem sucessos nenhum, enquanto isso, os
famosos devedores [políticos] ainda continuaram na mesma senda de brigas
incessantes. Viramos o ano desejando um ano cheio de prosperidade e sucessos,
enquanto persiste o insucesso na resolução da nossa crise política, coisa que
de uma maneira a outra deixamos para tentar encontrar soluções viáveis no ano vigente.
Quem nos dera essas soluções?
Ora,
vamos ver se conseguiremos encontrar mecanismos para resolução do nosso
imbróglio, visto que, soluções internas e externas não foram encontradas desde
o início até a data presente. Resta-nos acreditar apenas nas soluções que
possam advir do céu porque lá está o TODO-PODEROSO, nisso devemos acreditar,
pois, só com a fé os nossos problemas agora podem ser resolvidos, já que aqueles
em quem confiamos e acreditamos não fazem parte das soluções, mas sim, parte
dos problemas que até a data presente nos deixam numa situação em que já não há
saída.
Estávamos
vivendo e sonhando com soluções no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), através
dos famosos acórdãos que não conseguiram resolver a crise e, de repente mudamos
o sonho e começamos a sonhar com soluções na Assembleia Nacional Popular (ANP)
– Palácio Colinas de Boé, o que da mesma forma não nos surgiu soluções
benéficas; pelo contrário assistimos dos parlamentares quase cenas de pugilatos,
um autêntico ringue de “jiu-jítsu”.
De
novo estamos atrás da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO) para resolução da nossa contenda sem pensar num entendimento interno,
duma vez que não estaremos cumprindo o documento que foi elaborado por eles e
não por nós [guineenses].
A
nossa constituição está-nos servindo de apenas uma manta de retalho. Ela não é
respeitada pelos devedores [políticos], cada um faz do seu jeito, aquilo que
lhe apetece e na hora que quiser.
Já
tive sonho importante na minha vida: sonhei que o país iria desenvolver. Um
país que ao longo dos quatro décadas e sobras, ainda não sabe o que é a
estabilidade governativa, e com os seus políticos nos fazendo trocar sonhos em
pensamentos, porque para já não conseguimos mais dormir, mas sim, passar noites
em claro durante o ano todo, pensando nas soluções sólidas para resolução da
crise vigente no país de Comandante Amílcar Cabral e Combatentes desconhecidos.
Ao
longo dos dias o que nos acompanha são os problemas e nas horas de repouso
[noite], o que nos visita são as preocupações. Tudo isso acontece porque o
nosso sistema político está vestido de incerteza absoluta e sem nenhuma exceção
partidária.
Pensávamos
que os devedores [políticos] estavam criando condições institucionais para que
o país pudesse desenvolver e, de repente, chegamos à conclusão de que estão
apenas nas disputas de quem é quem e sem lembrar que a política é a arte de
negociação, coisa que deveria ser levada em consideração por eles.
Ainda
não há e nem haverá fumo branco na chaminé do Palácio Colinas de Boé e quanto
mais na do Palácio da República para a saída da crise que criamos.
Pois,
acredito que é chagada a hora de queimar as agendas do ano 2015 e 2016 com a
finalidade de que agenda desse ano 2017 possa ser vestida de cores de esperança
renovada que o povo tanto almeja.
Esperamos
dormir com tranquilidade e na certeza de que teremos resultados melhores do que
os dos dois últimos anos.
Que
Deus abençoe a Guiné-Bissau!
Viva
Unidade Nacional!
Por:
Papa Sufre Fernando Quadé
Graduando
em Administração.
Jahu,
São Paulo/Brasil, 06 de Fevereiro de 2017.
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