O Embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau, Jin Hongjun, reconheceu ontém, sexta-feira, 09 de novembro, que a “Guiné-Bissau dispõe de recursos naturais abundantes e tem um povo trabalhador e simpático, condições perfeitas para alcançar melhor o desenvolvimento”. O diplomata falava durante um encontro mantido com os diretores gerais e chefes de redação de alguns órgãos da comunicação social guineense, públicos e privados. Participaram igualmente da reunião, os responsáveis do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS).
O encontro, realizado numa das unidades hoteleiras da capital Bissau, serviu igualmente para o Embaixador Jin Hongjun debruçar-se sobre os progressos alcançados pelo seu país nos diferentes setores. Falou também da relação de cooperação existente entre a China Popular e os países africanos. Durante a sua explanação, referiu que à excelente cooperação com Estados encontra suas raízes nas históricas relações com África que se desenvolveu mais para o sectores da economia, da educação, saúde, agricultura.
Explicou na sua comunicação que o governo chinês sempre apoiou o nosso país na procura do caminho para o desenvolvimento. “Espero sinceramente que a Guiné-Bissau venha a ter em breve uma estabilidade política e um desenvolvimento económico duradouro”, realçou.
Solicitado a pronunciar-se sobre os grandes projetos rubricados entre os dois chefes de Estados, da China e da Guiné-Bissau no âmbito da última Cimeira de Cooperação entre a China e a África, informou que na cimeira de Beijing foram aprovados dois documentos que considera muito importantes. Um deles foi denominado plano de acção de Beijing, em que se encontram oito grandes medidas que definem igualmente oito áreas de cooperação.
Relativamente à Guiné-Bissau, explicou que, de acordo com as orientações do Chefe de Estado guineense, já foi criada uma comissão interministerial para acompanhar a implementação dos acordos entre os dois países e também os projetos de cooperação nos próximos três anos, no âmbito do Fórum Económico China e África, no qual a China se comprometeu a apoiar os países africanos com um investimento estimado em 60 biliões de dólares norte-americanos.
“Neste momento temos dois grandes projetos concluídos. O primeiro é o projeto da construção do porto de pesca de Alto Bandim. Já fizemos o lançamento da primeira pedra da obra de construção. Os trabalhos vão durar cerca de 25 meses e contam com um orçamento estimado em 26,5 milhões de dólares norte-americanos. Trata-se de uma doação do governo chinês. Por isso não representa nenhuma dívida para o Estado da Guiné-Bissau”, espelhou.
Questionado se a China assumiria o pagamento das indemnizações aos proprietários das casas que serão demolidas no decurso dos trabalhos, o Embaixador Jun Hongjun esclareceu que no acordo ressalvou-se que o governo guineense encarrega-se da responsabilidade de demolir todas as casas afetadas pela obra e consequentemente dos custos das indemnizações.
Assegurou ainda que já está garantido o orçamento para a construção da auto-estrada que ligará Safim ao Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira em Bissau, estimado em 28 milhões de dólares, que igualmente é uma doação do povo da China. Revelou neste particular que estão a preparar o terceiro projeto que se trata de remodelação do edifício da Assembleia Nacional Popular que, segundo ele, depara-se com o mau funcionamento de alguns equipamentos incluindo o elevador.
//O Democrata
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