
«Manifestamos a nossa preocupação pela ausência de progressos com vista à implementação do Acordo de Conacri e também na sequência de missão de alto nível da CEDEAO, uma vez que neste quadro tinha sido dado às autoridades nacionais uma recomendação de 30 dias para a solução da situação que se vive na Guiné-Bissau», afirmou Ovídeo Pequeno, representante da União Africana no país, no final do encontro, que falou em nome do p5.
O P5 integra a União Africana, União Europeia, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Nações Unidas e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Segundo Ovídeo Pequeno, os representantes das organizações internacionais manifestaram também preocupação em relação à preparação das eleições legislativas, previstas para 2018.
«Há etapas importantes a serem levadas a cabo para que as próximas eleições sejam consideradas justas e transparentes. No quadro atual, é evidente que não temos a garantia que isso possa acontecer. Há muito trabalho a ser feito», sublinhou.
No âmbito do encontro, o P5 recomendou também ao Presidente José Mário Vaz para uma encontrar uma "solução conjunta" para o impasse político que vive a Guiné-Bissau, defendendo uma iniciativa de diálogo com todas as partes, incluindo o Partido Africana para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
O Acordo de Conacri, patrocinado pela CEDEAO, prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado.
Na última missão realizada a Bissau para avaliar a sua aplicação, a CEDEAO exigiu o total cumprimento do Acordo de Conacri, sob pena de impor sanções a quem esteja a criar obstáculos à sua implementação.
O prazo dado pela CEDEAO para o cumprimento do acordo termina no próximo dia 25.
Guinendade/Lusa
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