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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

OPINIÃO: SUPER BOMBA!!! PROLIFERAÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS NA GUINÉ-BISSAU

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1994 foi o ano em que o então Presidente da República e igualmente Presidente do PAIGC, partido único, General João Bernardo Vieira, “Nino” se declarou a abertura para o multipartidarismo na Guiné-Bissau. Apartir daí, foram criados partidos a torta e direita, até que hoje, atingiu o total de 45, um número preocupante que, curiosamente, coincide com a idade da independência nacional.

Hoje é visível a preocupação dos guineenses mais atentos, no que concerne ao aumento desenfreado de partidos políticos e, como a falta de ideologia dos mesmos, está a afectar a governabilidade e a fragilizar a jovem democracia que tantos atropelos sofreu desde a sua fase embrionária.

Para um país pequeno, como o nosso, torna-se muito difícil compreender e justificar o elevado número de partidos políticos sabendo que, a maioria deles, não representa os poucos grupos ideológicos que fazem parte da sociedade guineense mas sim, pessoas que os dirige.

Muitas formações partidárias têm donos - é isso mesmo, são propriedades privadas de fulanos ou beltranos que desvinculam dos seus partidos por razões variadas e partem para a criação de mini-partidos, desnecessários, sem poder e sem força. Os seus supostos donos, são as mesmas pessoas identificadas na praça pública, que nada de positivo podem acrescentar o país e, alguns deles estão desprovidos de competência política para liderar um partido sério.

Existem partidinhos para todos os gostos: partido parasita da sociedade (PPS); movimento cumé dinheiro di povo (MCDP); movimento pé na cade#a (MPC); partido confuzon na baliza di bass (PCBB); movimento intriguista para a corrupção (MIC) entre outros. A maioria deles não dispoêm de doutrinas e de projectos para a sociedade. Ao invés de serem um elo de ligação entre a sociedade civil e o estado, encontram-se completamente desligados do eleitor, razão pela qual, são mal vistos pela sociedade. Estas formações só aparecem durante as campanhas eleitorais para enganar o povo humilde, com falsas promessas e gastar milhões na compra de consciências.

Está-se a implantar a cultura de “N’KUMÉ N’KA FARTA, N’FORMA PARTIDO”

Para alguns cientistas políticos, o problema não está na quantidade de partidos mas sim, na qualidade que muitos deles apresentam. As formações políticas podem multiplicar-se ou ressuscitar-se desde que acrescentem substâncias novas à vida política nacional. A democracia engrandece e o povo agradece.

Outros especialistas da matéria defendem a ideia de que, o excessivo número de forças políticas só vem confundir os eleitores, complicar ainda mais a administração do país e dificultar a consolidação da democracia. Defendem ainda que, deve-se accionar os mecanismos democráticos para restringir a formação de novos partidos e adoptar um conjunto de medidas firmes para barrar os grupos partidários menos expressivos. A Nação precisa de poucos e bons partidos. Partidos coesos, sérios e comprometidos com o país.

A verdade é que, apesar de existir muitos partidos, a oposição é inexpressiva uma vez que, a maioria de forças políticas não têm doutrinas e, até porque, nas últimas duas décadas e meia de democracia, em apenas uma eleição a oposição chegou ao governo.

Importa dizer que, apesar de tudo, nem todos partidos são corruptos nem todos políticos são bandidos. A Guiné tem cidadãos honestos, competentes e capazes de reverter os aspectos negativos do nosso sistema partidário, mudar o rumo que o país está a tomar e pilotar o barco à um porto seguro.

Faço votos de que, assim como os diversos grupos étnicos existentes, coabitam no mesmo espaço, os partidos políticos consigam se entender e que, haja uma LUTA SAUDÁVEl entre eles, sem INTRIGAS, sem ÓDIO e sem VINGANÇA, para o bem da Nação.    

“Há um desamor nas pessoas, uma enorme falta de tudo; valores, princípios, atitudes, respeito, coerência, seriedade, responsabilidade, caráter, moral... Isto é muito triste!” Lilian Fianco




Que Deus abençoe esta terra!

Ps - qualquer semelhança nas siglas é mera coincidência.


Londres, 12/08/18.
Elaborado por: poeta Vasco de Barros.


2 comentários:

  1. EXISTE A PROLIFERAÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS NA GUINÉ-BISSAU PORQUE O PAIGC É UM PARTIDO FALHADO, PONTO FINAL.

    PAIGC É UM PARTIDO FALHADO E ASSIM CONTINUA.

    HÁ LEIS QUE REGULARIZAM A GOVERNAÇÃO E OS PARTIDOS POLÍTICOS NA GUINÉ-BISSAU. E JÁ TEMOS PROVAS MAIS DO QUE SUFICIENTE DE QUE ESSAS LEIS DEVEM SER EMENDADAS PARA ASSIM MINIMIZAR INSTABILIDADE POLÍTICA NO PAÍS. E ALGUÉM PERGUNTA. O QUÊ QUE O PRESENTE PAIGC (COM MAIORIA NO PARLAMENTO) JÁ FEZ NO SENTIDO DE EMENDAR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA E OUTROS CONJUNTOS DAS LEIS QUE CRIAM INSTABILIDADE NA GUINÉ-BISSAU!? NADA!!! PORTANTO, TUDO INDICA DE QUE A LIDERANÇA DO PAIGC ESTÁ SENDO UMA LIDERANÇA FALHADA, MAIS UMA VEZ!!! POR ISSO, PRECISAMOS DOS OUTROS PARTIDOS. O PAIGC NUNCA FEZ NADA PARA MELHORAR A QUALIDADE DE GOVERNAÇÃO NO PAÍS. CONTINUANO ASSIM, MESMO EU, TENHO QUE FORMAR O MEU PARTIDO PARA FAZER O QUE ACHO MELHOR PARA O PAÍS.

    PAIGC FOI SEMPRE UM PARTIDO FALHADO E ASSIM CONTINUARÁ!!!

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  2. UMA INFO, AO BEM DO ESTABELECIMENTO DA VERDADE HISTÓRICA DOS FACTOS

    O processo de institucionalização e instalação do regime da DEMOCRACIA PARLAMENTAR REPRESENTATIVA atualmente em vigor aqui na Guiné-Bissau, em substituição ao da DEMOCRACIA NACIONAL REVOLUCIONÁRIA foi lançado pelo II Congresso Extraordinário do PAIGC, realizado em Bissau/Bissalanca, entre 20 e 25 de Janeiro de 1991. É neste Congresso que este Partido decidiu vir suprimir mais tarde o Art. 4º da então Constituição da República, que o definia como “a força política dirigente da sociedade e do Estado”.

    É evidentemente logo após este Congresso que se começou a registar o baile da proliferação dos Partidos que ainda hoje continua. Na altura, vieram de imediato à ribalda o FLING e RGB/MB que já existiam. Depois seguiram já ainda na primeira metade deste ano de 1991 a Frente Democrática de Aristides Menezes e mais outros.

    O V Congresso Ordinário do PAIGC realizado também em Bissau/Bissalanca, entre 15 e 20 de Dezembro de 1991 veio concluir o processo lançado pelo II Congresso. Com a então declaração pela opção clara, nas resoluções deste evento, pelos princípios, condições e normas de pluralidade no funcionamento interno deste Partido e multipartidários para o país inteiro. Eis os factos.

    O ano de 1994 é o ano da realização das primeiras eleições gerais baseadas nos princípios pluralistas para os Partidos concorrentes e multipartidários para o país, princípios esses que até hoje prevalecem.

    Obrigado.
    Pela honestidade intelectual.
    Por uma Guiné-Bissau de Homem Novo (Mulheres e Homens), íntegro, idôneo e, pensador com a sua própria cabeça. Incorruptível!
    Que reine o bom senso.
    Amizade.
    A. Keita

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