Os líderes de dois partidos representados no parlamento da
Guiné-Bissau, União para Mudança e Partido da Convergência Democrática,
congratularam-se hoje com a resolução do Conselho de Segurança da ONU para a
saída da crise política no país.
Agnelo Regalla, líder da União para Mudança, e Vicente
Fernandes, do Partido da Convergência Democrática, mostraram-se satisfeitos com
o posicionamento do Conselho de Segurança que convidou o Presidente guineense,
José Mário Vaz, a cumprir as disposições do Acordo de Conacri.
O acordo é um instrumento político patrocinado pela
Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) com o qual a
organização quer ajudar a classe política guineense a terminar com o impasse
político no país que dura há cerca de dois anos.
"Achamos que o Presidente da República, doutor José
Mário Vaz, deve ouvir as vozes da razão", indicou Vicente Fernandes,
sublinhando que os partidos e organizações da sociedade civil guineenses,
organismos internacionais e agora o Conselho de Segurança das Nações Unidas têm
feito apelos nesse sentido.
Agnelo Regalla disse que o apelo do Conselho de Segurança da
ONU é um "orgulho", salientando que a margem se está a fechar para o
Presidente guineense, mas que ainda tem uma "porta de saída" que é o
cumprimento do Acordo de Conacri.
"A seguir são as sanções internacionais", notou o
líder da UM, partido que conta com um deputado no Parlamento.
Vicente Fernandes, do PCD, diz que José Mário Vaz está
empenhado numa estratégia que visa a sua reeleição para um segundo mandato, em
2019, por isso, afirmou, preferiu aliar-se "à Seita do Mal" deixando
de lado "os apelos à razão".
"Mas, já não há saída para o Presidente que é refém de
um grupo de pessoas", observou Fernandes.
MB // EL
0 comentários:
Enviar um comentário