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quinta-feira, 11 de maio de 2017

NOTICIAS AO MINUTO:“O AGRAVAMENTO INTERNO DE TAXAS INCENTIVA FUGA DE CASTANHAS PARA ALÉM-FRONTEIRAS”, DIZ DOMINGOS SIMÕES PEREIRA

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), afirmou que o agravamento de taxas internas de exportação de castanha de caju fez  o preço da castanha tornar-se  mais atractivo além fronteiras.
 
“Isso chama-se na economia o “efeito chamada”. Não se controla com o exército, com o policiamento, com a força. Há que eliminar os factores que estão a permitir que a castanha tenha mais procura fora das nossas fronteiras por países que não têm plantações de caju e sem a tradição da sua comercialização”, aconselhou.

Domingos Simões Pereira que falava quarta-feira numa conferência e imprensa sobre a atual situação socioeconômica e política do país, disse que a castanha de caju não só responde pela economia guineense, pelos recursos públicos mas também pela grande maioria das famílias guineenses.

Recordou que em meados de março findo, ele próprio através de uma conferência de imprensa, tinha exigido um posicionamento claro e inequívoco do Presidente da República em relação ao Decreto que tinha sido aprovado pelo governo  e que interdita os estrangeiros a compra directa da castanha junto dos produtores.

“O Presidente da República diz claramente que não promulgou nenhum Decreto nesse sentido. É importante dizer ao Presidente da República que isso não o iliba. Um Presidente da República não decide por omissão. O povo não espera que o Presidente da República diga que eu não fiz. Mas sim dizer aquilo que fez ou vai fazer”, explicou Domingos Simões Pereira.

Declarou que, havendo um Decreto proposto pelo governo o chefe de Estado tem dois caminhos, ou promulga ou veta.

“Se não promulga e nem veta está a provocar um factor terrível para qualquer economia. A economia funciona com base na confiança e o factor determinante para a confiança dos operadores económicos é a previsibilidade”, explicou.

O líder do PAIGC informou que outro elemento grave no meio desta situação tem a ver com o pedido de suspensão da campanha de caju por parte do Presidente da República para negociar novos preços.

“Negociar com quem. Parece que com esta governação voltamos a ter tudo misturado. Quem decide as leis. Quem regulamenta. Quem faz campanha e quem controla essa campanha pode voltar a ser a mesma pessoa”, salientou. Numa recente declaração o Presidente Mario Vaz manifestou a sua insatisfação em relação  a proibição de compra directa da castanha ao produtor por comerciantes estrangeiros, uma medida aprovada em Conselho de ministros mas não promulgada pelo chefe de estado.

Na ocasião o chefe de estado manifestou o seu desejo de ver a castanha  ser comprada ao preço de 1000 francos ou mais o quilograma, não  os actuais 500 francos praticados como preço base.  .







Guinendade/ANG

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