Insurgiu terça-feira em Bissau, o ministro do Comercio contra as recentes declarações do Presidente da República José Mário Vaz, sobre a disparidade do preço de castanha de caju entre os dois países vizinhos.
O chefe de Estado guineense já teria afirmado que o preço se pratica na Guiné-Bissau é “inaceitável” por resistar uma larga diferença de mil francos cfa, na compra deste produto, que neste momento a castanha está a ser comprada entre mil e duzentos e mil e quinhentos francos cfa em Senegal. Enquanto Na Guiné, o preço é de quinhentos francos cfa, por quilo.
Sobre uma eventual restrição dos empresários estrangeiros na compra deste produto, Nado mandinga disse que simplesmente fez a proposta para regulamentar o setor, mas não foi ainda promulgada pelo Presidente da República.
O governante anuncia que, em Senegal, os empresários não pagam taxas de compra e da exportação da castanha, o que é diametralmente oposto na Guiné-Bissau. Sublinhando que a campanha de caju é uma das principais fontes de receita do país, que entre 2014 e 2015, mesmo com controlo montado, saíram da Guiné 20 mil toneladas de caju, «sem qualquer pagamento ao Estado, o que equivale a 1200 contentores de caju», disse.
O ministro disse ainda que a situação melhorou em 2016, mas pediu para 2017 «tolerância zero».
«Não pode, em 2017, nenhum contentor, nem um saco a granel, sair sem que o exportador pague todos os direitos aduaneiros, fiscais e portuários», afirmou.
Notabanca soube de fonte oficial que, apesar de ser colocados fiscais no terreno, entre 20 e 40 mil toneladas de caju atravessam ilegalmente as fronteiras.
Guinendade/Notabanca
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