Video of Day

Guineendade

Sobre Nós

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

NOTICIAS AO MINUTO: SOCIEDADE CIVIL DENUNCIA CORTE E VENDA ILEGAL DE MADEIRA POR PARTE DO GOVERNO GUINEENSE

Venda de madeira cortada de forma ilegal na Guiné-Bissau gera onda de contestação entre organizações da sociedade civil guineense que acusam Executivo de cometer um crime.
Abholzung des Waldes Guinea-Bissau (DW/M. Pessoa)
A organização da sociedade civil guineense,Tiniguena - "Esta Terra é Nossa", acusou nesta quinta-feira (25.01) o Governo demissionário da Guiné-Bissau de praticar um ato criminoso que viola a moratória que proíbe a venda ilegal e a exportação de madeiras preciosas apreendidas no país.
Na passada segunda-feira (22.01), o Governo de Umaro Sissoco Embaló iniciou a exportação de 1.500 contentores com madeira cortada de forma ilegal, apreendida, e que se encontrava espalhada pelas florestas da Guiné-Bissau.
Miguel de Barros, diretor-executivo da Tiniguena, uma das organizações envolvidas nas iniciativas de protesto, afirma que o ato é ilegal e prejudica gravemente o país. "Estranho o facto de o Governo tomar uma decisão de investimento público quando está numa situação de gestão. A medida não tem caráter retroativo e estando em vigor uma moratória que proíbe a comercialização e exportação de madeira, qualquer decisão contrária é ilegal e sem credibilidade", destacou.
Madeira apreendida entre 2012 e 2014
A madeira, espalhada pelas florestas e em contentores em Bissau, foi apreendida pelo Governo entre 2012 e 2014, na sequência de uma campanha de abate ilegal de árvores nas florestas da Guiné-Bissau por madeireiros nacionais e estrangeiros. Para estancar o abate de árvores, o Governo do então primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, decretou, em abril de 2015, uma moratória de cinco anos, como forma de atenuar os riscos que pusessem em causa o equilíbrio ambiental na Guiné-Bissau.
A decisão surgiu numa altura em que centenas de madeireiros nacionais e estrangeiros tinham licenças de exploração emitidas pelas autoridades de transição que geriram a Guiné-Bissau durante dois anos, na sequência do golpe militar de 2012.
Com a moratória ao abate de árvores, muita madeira que já tinha sido cortada não foi exportada.
Recorde-se que o CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção - , sancionou a Guiné-Bissau, proibindo a exportação da madeira cortada naquele período.
Para o CITES aceitar o levantamento do embargo, o governo guineense teve que adequar a legislação interna aos princípios da organização.
Incentivar um novo abate de árvores?
Guinea Bissau - Miguel de Barros Aktivist (DW/J. Carlos)
Miguel de Barros
Agora, com a decisão de comercialização e exportação de madeiras, o ativista da sociedade civil Miguel de Barros entende que o atual Governo de gestão está a incentivar um novo abate de árvores que poderá desestabilizar o país e gerar conflitos sociais, como aconteceu num passado recente.
"O Governo está a incentivar uma nova possibilidade de retorno ao ataque das nossas florestas com o abate de mais árvores. Se por um lado as leis não são respeitadas, por outro também não se cumpre a moratória. Assim sendo,  torna-se difícil acreditar que o encaixe financeiro que o Governo terá com a venda dessa madeira apreendida garanta a compensação da comunidade local. Questionamos como é que se pode pensar num perspetiva de comercialização sem a existência de um plano de investimento ao nível local e a restauração do ecossistema florestal. Não há mapeamento, desconhece-se a superfície da zona e das espécies que foram atingidas, não há nenhum plano de repovoamento, não existem planos de investimento nas estruturas de monitoria, de fiscalização e de vigilância do espaço florestal".
De acordo com o Director da Floresta e Fauna, Mamadu Camara, "com a venda da madeira apreendida, o Estado guineense deverá arrecadar cerca de 10,3 milhões de euros, sendo 35 por cento desse montante enviado para a Direção-geral das Florestas, através do Ministério da Agricultura, Florestas e Pecuária para a realização de um inventário florestal de repovoamento". 
"Primeiro, temos que saber quais foram os danos causados e para tal necessitamos de efectuar um inventário. O resto do dinheiro será depositado no Tesouro Público", acrescenta.



Guinendade/DW

1 comentário:

  1. NÃO SEJAM DISTRAÍDOS!

    ISSO É MAIS UM CRIME GRITANTE DE JOSÉ MÁRIO VAZ, AOS OLHOS NUS!!!

    O QUE ESTÃO A FAZER É JUNTAR/ROUBAR DINHEIRO DO POVO PARA AS PRÓXIMAS EMBATES ELEITORAIS (ELEIÇÕES LEGISTIVAS E PRESIDÊNCIAIS)!!!

    NÃO PERCAM MAIS UMA PUBLICAÇÃO NO TEU NOVO BLOG DA ATUALIDADE: http://guinedebardadi.blogspot.com

    ResponderEliminar